MS: Grande ato estudantil contra os ataques aos Guarani-Kaiowá de Douradina 

DCE da UFGD organiza grande ato contra os ataques paramilitares às Retomadas Guarani-Kaiowás de Douradina e participa de Missão de Solidariedade a Yvy Ajere.

MS: Grande ato estudantil contra os ataques aos Guarani-Kaiowá de Douradina 

DCE da UFGD organiza grande ato contra os ataques paramilitares às Retomadas Guarani-Kaiowás de Douradina e participa de Missão de Solidariedade a Yvy Ajere.
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No dia 7 de agosto, o Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Universidade Federal da Grande Dourados (UFDG) organizou um grande ato de apoio às retomadas Guarani-Kaiowás no interior da universidade. Os estudantes do DCE também integraram uma segunda Missã em Yvy Ajere, Juti.

Anteriormente, apoiadores da luta pela terra já haviam realizado uma outra Missão de Solidariedade em Douradina.

O ato contou com a presença de alunos, técnicos e professores que engrossaram as fileiras ao lado dos estudantes do curso de Licenciatura Intercultural Indígena “Teko Arandu” da Faculdade Intercultural Indígena (Faind), que é voltado para a formação de professores indígenas.

Sob as palavras de ordem de Parem os ataques!, o ato percorreu as ruas da universidade e os corredores, aglutinando parte dos presentes com a denúncia da repressão paramilitar desencadeada pelos latifundiários que atingiu mais de dez Guarani-Kaiowás na semana anterior na cidade de Douradina em Mato Grosso do Sul.

Os estudantes prometeram a continuidade das mobilizações e um novo ato para o próximo dia 14 de agosto.

Confira imagens do ato estudantil ocorrido na UFGD:

Além de promover o ato na universidade, o DCE da UFGD também participou da Missão de Solidariedade que foi diretamente até o Retomada Yvy Ajere, no município de Douradina no último dia 10 de agosto. Contando com o apoio de professores e alunos do “Teko Arandu” da FAIND, além do correspondente local do AND, a Missão levou mantimentos para os Guarani-Kaiowás, que aumentaram os acampamentos em frente a tenda montada pelos latifundiários locais e que mantém pistoleiros paraguaios 24 horas por dia. 

Ali, foi possível ter contato direto com o conflito, assim como com parte da juventude Guarani-Kaiowá, entre eles, um jovem tomou um tiro em sua cabeça em imagem que circulou na internet. Uma guerreira Guarani-Kaiowá, que já está presente a mais de duas semanas na Retomada, afirmou que “por mais que eles arranquem com as camionetes em cima de nós, não sairemos daqui”. 

Confira imagens da Missão de Solidariedade:

Leia as reportagens exclusivas do Jornal A Nova Democracia sobre a situação dos Guarani-Kaiowá:

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Confira também as video-reportagens exclusivas:

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