No dia 26 de agosto, os Guarani e Kaiowa mais uma vez retomam suas terras das mãos do latifúndio ao entrarem na área da fazenda Santa Maria, localizada em Caarapó (MS). O avanço, porém, foi respondido pela repressão por parte de pistoleiros em conjunto as forças de repressão do velho Estado. Até o momento, há relatos do desaparecimento de duas pessoas: uma idosa com pressão alta e um homem indígena chamado Ambrósio, com suspeitas de assassinato, informação ainda não confirmada.
A ação da repressão contou até mesmo com voos rasantes de helicópteros e tiroteios promovidos pela Polícia Civil e Militar, em uma ação organizada que contou com presença de bombeiros e ambulância. Vários indígenas foram feridos, sem nenhum número exato confirmado. Claro está que a ação foi coordenada entre velho Estado e os latifundiários locais.
Parte da fazenda Santa Maria já foi retomada em 2016, permanecendo nas mãos dos Guarani e Kaiowa, que resistiram bravamente às investidas que o velho Estado burguês-latifundiário empreendeu através de ordens de despejo.
Na ocasião, a retomada, que é parte da Terra Indígena Dourados Amambaipegua I, foi nomeada Guapo’y, recuperada após o Massacre de Caarapó, em junho de 2016.
Em abril deste ano, a resistência organizada da comunidade fez cair uma reintegração de posse movida pelos supostos “donos” da fazenda. A empresa, que alega ser proprietária da área, detém capital social de R$ 20,1 milhões.