A transnacional do USA Cargil anunciou a compra de um terreno de quase 400 hectares na ilha de Urubuéua, no Pará, onde construirá seu maior terminal graneleiro fluvial em capacidade de movimentação, um porto de carga que escoará toda a produção de soja de Mato Grosso e a crescente do estado do Pará. A multinacional ianque atua principalmente na comercialização e processamento de commodities, carnes, produtos farmacêuticos, rações para animais etc.
Com a construção deste novo terminal, o imperialismo norte-americano ampliará ainda mais o seu controle na região.
A região norte do Brasil representa o maior potencial de rapina ainda inexplorado do país. E agora mesmo, as grandes transnacionais dos países imperialistas já requisitam junto à gerência de turno da semicolônia os salvo-condutos para suas operações. Operações estas cuja natureza é contrária aos interesses das classes trabalhadoras.
Esta notícia reforça a situação de semi-colônia em que o país se encontra e torna ainda mais clara a presença e a cobiça do imperialismo, em especial o ianque, no Pará e na região Amazônica, riquíssima em recursos, florestais minerais e hídricos, comprovando também a relação do latifúndio com o imperialismo.
Conforme afirmou o dirigente da Liga Operária em denúncia contra os crimes da também multinacional Vale-/BHP Billiton/Samarco em Mariana (MG): “Cabe aos intelectuais honestos e todos que queiram resolver realmente o problema, que não caiam nessa armadilha das grandes corporações transnacionais, que nos trata como meros exportadores de matéria prima — ou seja, uma semicolônia. Temos que fazer uma profunda transformação em nosso país!”.