Publicamos no portal de A Nova Democracia a tradução da notícia de O Arauto Vermelho (The Red Herald) sobre novos desenvolvimentos da Revolução Filipina, em que diversas operações militares foram conduzidas pelo Novo Exército do Povo contra as Forças Armadas reacionárias das Filipinas. Para ter acesso a esta e outras notícias, acesse o sítio do portal de notícias The Red Herald clicando aqui.
Três soldados do 62° Batalhão de Infantaria das Forças Armadas das Filipinas (FAF) foram mortos pelo Novo Exército do Povo (NEP) em Sityo Cupad, Barangay Macagahay, município de Moises Padilla, província de Negros Ocidental, no dia 13 de junho. Os soldados reacionários tentaram realizar uma incursão em um acampamento do NEP na área, mas foram confrontados com granadas arremessadas pelos guerrilheiros, resultando na morte de três dos soldados. Depois, enquanto recuavam, a mesma unidade do NEP encontrou o 62° Batalhão de Infantaria novamente e atacou. O NEP – Negros Central relata que houveram ainda mais mortes entre o 62° Batalhão de Infantaria porque os soldados reacionários foram alvejados por tiros do próprio exército. O NEP não sofreu baixas. Na tentativa de esconder a falha de sua operação militar, o 62° Batalhão de Infantaria apresentou os camponeses Benjie Ebarle e Roweno Anubong, mortos pelas tropas das FAF, como se fossem guerrilheiros tombados do NEP.
De forma similar, também no dia 13 de junho, o NEP realizou operações de fustigamento bem sucedidas contra um acampamento da Unidade Geográfica das Forças Armadas Civis (UGFAC) em Barangay Hilamunam, cidade de Kabankalan, província de Negros Ocidental, o que resultou em múltiplas mortes no acampamento. O UGFAC é uma força auxiliar irregular das FAF que tem como objetivo impedir o trabalho de massas por parte das guerrilhas nos vilarejos camponeses.
Como retaliação, o 94° Batalhão de Infantaria e o UGFAC massacraram quatro membros da família Fausto, sendo eles Rolly/Billy e Emilda e seus dois filhos, Ben Raben, de 11 e 15 anos, no dia 14 de junho. As FAF os acusou de serem apoiadores do NEP. Os Faustos eram ativos na Associação de Agricultores de Cabagal, uma organização local de camponeses e trabalhadores da agricultura em Baklayan, Bito. Rolly Fausto havia sido preso e torturado múltiplas vezes no acampamento da UGFAC e forçado a fazer uma confissão de ser integrante do NEP. Em maio, Emilda foi mantida refém sob a ponta de uma faca e interrogada durante um ataque na casa da família. A casa já havia sido invadida quatro vezes por militares e o nome de Rolly Fausto havia sido anunciado na rádio local como apoiador do NEP. Com o alastramento da notícia e da revolta, as FAF primeiro afirmou que os Faustos foram mortos como parte de uma “limpeza interna” do NEP, e depois alegaram que eles na verdade informantes das FAF e que foram mortos pelo NEP.