Yahya Sinwar, líder do Hamas assassinado por Israel na linha de frente de confrontos com soldados invasores no sul da Faixa de Gaza, recusou uma proposta para sair do território palestino, informou ontem (21/10) o jornal monopolista ianque Wall Street Journal.
A proposta foi dada a Sinwar por mediadores árabes em uma das negociações depois do início da Operação Dilúvio de Al-Aqsa no 7 de outubro. Sinwar não cogitou. “Não estou cercado. Estou em solo palestino”, disse ele.
A declaração, nunca noticiada antes, é mais um elemento de peso para desmentir a contrapropaganda sionista de que Sinwar vivia longe do perigo enquanto o povo palestino era massacrado pelos bombardeios.
A mentira já havia caído por completo com as imagens da morte de Sinwar, que foi assassinado na linha de frente de um confronto, em meio aos escombros da cidade que ajudou a proteger durante toda vida.
A comprovação de que Sinwar deliberadamente optou por ficar em Gaza durante o curso da guerra encerra de vez a questão.
Israel pode tentar, mas nem com a ajuda de todo o monopólio de imprensa internacional (a matéria do WSJ, por exemplo, diz que Sinwar foi “obrigado” a sair dos túneis) consegue enlamear o nome de Yahya Sinwar.
O que Israel de fato quer é tirar o foco da responsabilidade que o sionismo tem sobre o genocídio de mais de 40 mil palestinos em Gaza, e atribuir a culpa da guerra justamente aos que mais se dedicam para encerrá-la do único modo possível: os guerrilheiros da Resistência Nacional Palestina, que lutam com a certeza de que a guerra injusta só pode ser derrotada mediante à guerra justa.
Por mais que a besta sionista se esforce, não conseguirá inverter o quadro de isolamento político que sofre e apoio internacional à Palestina. O maior obstáculo a isso são as massas populares que homenageiam Sinwar e a luta armada do povo palestino com protestos em Gaza, Cisjordânia, Iêmen, Marrocos, Iraque, Jordânia, Índia, Paquistão, Tunísia, Irã, Austrália, Canadá e outros países.