Centenas de manifestantes tomaram as ruas da capital do Nepal, Kathmadu, no dia 13 de junho, em um terceiro dia de protesto exigindo que o governo de turno do partido revisionista tome medidas mínimas para enfrentar a epidemia do novo coronavírus que assola o país. As massas exigem mais testes para a população e condições básicas para o povo se manter em quarentena, imposta pelo governo desde março.
No dia 13/06, especificamente, cerca de 500 manifestantes se reuniram em Maitighar Mandala, no coração de Kathmadu, para protestar por resposta do governo à pandemia. A polícia prendeu cerca de dez manifestantes, incluindo sete migrantes, além de tomarem panfletos e faixas dos manifestantes.
Manifestantes exigem melhores condições para os trabalhadores. Na foto, cartaz diz: “Dignidade para migrantes, auxílios e políticas melhores para os trabalhadores”
Antes, no dia 11 de junho, os manifestantes foram reprimidos com canhões de água e gás lacrimogêneo em um protesto em Bhatbhateni, Kathmadu. Conforme o protesto foi aumentando em número de pessoas, agentes da repressão começaram a reprimi-lo, enquanto as massas se recusavam a deixar o local, mesmo sob ordens e pedidos da polícia e de organizadores oportunistas dos protestos.
Manifestantes são reprimidos com canhões de água em protesto exigindo melhores condições para enfrentarem a pandemia, no Nepal
No primeiro dia de protesto, dia 9 de junho, centenas de manifestantes se organizaram na capital lutando por melhores condições para lidar com a pandemia. Os manifestantes se reunuram em frente à casa do primeiro-ministro revisionista, Sharma Oli, com cartazes denunciando a falta de atitude do governo em relação à pandemia. Sendo vítima de canhões de água, gás lacrimogêneo e de ataques com cassetetes por parte da polícia, o povo nepalês resistiu à força policial e enfrentou a repressão. Cerca de oito manifestantes foram presos durante o protesto.
Povo se rebela contra governo de turno traidor e revisionista
No dia 24 de março, o velho Estado governado por uma aglomeração de revisionistas e traidores do povo, como Prachanda, o “Partido Comunista Nepal”, impôs uma quarentena sob a palavra de ordem de “enfrentar o coronavírus”.
Os protestos surgem em um contexto similar a diversos outros países do terceiro mundo sob o jugo do imperialismo e da semifeudalidade, isto é, as massas não podem trabalhar e não recebem auxílios ou medidas que as possam manter efetivamente em quarentena. Sendo que, dois meses após a imposição da quarentena, o Nepal ainda mantém aumento de casos e mortes pela doença.
Além disso, em meio à crise geral do imperialismo, diversos trabalhadores migrantes retornaram ao Nepal vindos da Índia e de países do Oriente Médio após perderem seus empregos. Milhares dessas pessoas se encontram em instalações de quarentenas improvisadas pelo velho Estado, que se tornaram em pontos de disseminação fáceis do vírus, devido às condições precárias e à falta de instalações de saneamento básico.