Palestina: greve de fome e protestos contra Israel
Rafael Gomes Penelas

Manifestantes em confronto com policiais do lado de fora da prisão
Mais de quatro mil presos políticos palestinos em penitenciárias de Israel iniciaram, no dia 24 de fevereiro, uma greve de fome em protesto pela morte sob torturas do jovem Arafat Jaradat, que também se encontrava detido numa prisão sionista.
Na manhã do mesmo dia, manifestantes enfrentaram as tropas israelenses. Os protestos já vinham ocorrendo de forma intensa há semanas em apoio a greve de fome de Ayman Sharawneh, SamerIsaui, JaafarEzzeddine e Tariq Qaadan, presos políticos palestinos, contra suas prisões arbitrárias e o péssimo tratamento que lhes é dado nos cárceres.
Em 15 de fevereiro, dezenas de pessoas ficaram feridas após confrontos com as tropas israelenses durante as manifestações de solidariedade aos quatro palestinos em greve de fome. Próximo a cidade de Ramala, cerca de três mil pessoas marcharam até o presídio de Ofer, onde ocorreu o maior enfrentamento. Diversos outros protestos aconteceram em vários pontos da Cisjordânia.
No dia 19 de fevereiro, cerca de 800 presos políticos palestinos fizeram uma greve de fome de 24 horas em apoio aos quatro companheiros.

Criança sob a mira de rifle: postado na internet
Em 22 de fevereiro, quando três dos quatro presos políticos palestinos tiveram que ser hospitalizados com a saúde muito debilitada, cerca de cem manifestantes ficaram feridos em um protesto radicalizado que se desdobrou em enfrentamento com tropas do exército fascista de Israel. Em Jalameh, cerca de 2 mil pessoas foram às ruas. Os soldados israelenses lançaram gás lacrimogêneo e prenderam 17 palestinos. Em Nablus, também ocorreram confrontos.