Afeganistão
Fora ianques!
Rafael Gomes Penelas

Afegãos queimam a bandeira ianque durante os protestos em Wardak
No dia 16 de março, centenas de afegãos habitantes da província de Wardak realizaram uma manifestação exigindo a saída das tropas invasoras da Otan da região. O ato ganhou as ruas próximas ao edifício do parlamento na capital Cabul.
A página Democracy Now! em espanhol divulgou o comentário do manifestante Khalilullah Ibrahim khail, que disse: "Nós nos concentramos para manifestar contra a presença das forças especiais em Wardak. Invadem as casas da gente e torturam pessoas inocentes. Também detiveram
dez pessoas e ainda não está claro o que aconteceu".
Frente à feroz resistência e ao crescente protesto popular, "autoridades" do Afeganistão, cúmplices do genocídio levado a cabo pelas tropas invasoras, manobram pedindo, vez ou outra, a retirada das tropas invasoras. Mas, o comando invasor declarou que, se assim ocorresse, a situação em Cabul iria se "deteriorar drasticamente".
Palestina
Crianças presas quando iam para escola

Vídeo de agressão contra os palestinos
Um vídeo divulgado pela ONG B’Tselem mostra militares do exército genocida de Israel prendendo crianças palestinas que iam para a escola no último dia 20 de março em Hebron. Nas imagens, os soldados sionistas seguram e agridem os jovens que, assustados, tentam se desvencilhar dos agressores. O vídeo pode ser visto no link:
Sionistas prendem e agridem palestinos
Fonte: presospalestinos.blogspot.com.br e secoursrouge.org

Protesto contra Obama em Hamala, Palestina
As forças de ocupação israelenses invadiram casas, agrediram e prenderam onze pessoas em Jenin, Belém, Tulkarem e Hebron na madrugada de 17 de março.
Na madrugada do dia 24, forças policiais israelenses reprimiram brutalmente manifestantes palestinos perto de Jerusalém durante a passagem do presidente ianque Barack Obama pelo país. Mais de 200 policiais agrediram os manifestantes e destruíram a tenda montada por eles, que era ornada com uma grande bandeira da Palestina. Cerca de 50 manifestantes foram detidos e, posteriormente, libertados na Cisjordânia.
Iraque
Onda de ataques nos 10 anos da invasão
Uma onda de ataques da resistência estremeceu o Iraque na manhã de 19 de março, quando se completaram 10 anos da invasão ianque no país. A maior parte dos ataques foi realizada por carros-bomba. Há notícias de 20 grandes explosões e vários ataques armados contra alvos comerciais, bancos e instituições ligadas ao imperialismo ianque e ao governo títere do Iraque. Houve pelo menos 65 mortos e mais de 200 feridos.
Segundo informações da agência AFP, a maior parte dos ataques se concentrou em Bagdá. Ações coordenadas fizeram explodir simultaneamente três carros-bomba próximos ao Ministério da Justiça e homens armados conseguiram invadir o prédio fazendo vários disparos. Dois homens com explosivos amarrados ao corpo detonaram-nos no interior do ministério matando 30 pessoas e ferindo 50.
Muitos ataques ocorreram na chamada "Zona Verde", área altamente fortificada de Bagdá. Pelo menos onze carros-bomba explodiram nessa área.
A onda de ataques obrigou o governo fantoche iraquiano a adiar durante pelo menos seis meses as eleições que estavam marcadas para 20 de abril em duas províncias, Anbar e Nineveh.
Os dados divulgados pelas forças agressoras são absurdamente deturpados. Os ianques contabilizam pouco mais de 100 mil iraquianos assassinados desde o início da agressão e muitas organizações incorporam esse número como "oficial". Já a seção portuguesa do Tribunal Mundial Sobre o Iraque, organização democrática organizada em vários países que já realizou uma série de missões internacionais de solidariedade ao povo iraquiano, contabilizava em fevereiro de 2009 "as Terríveis Perdas Humanas no Iraque: Cerca de 1 milhão de mortos, 4,5 milhões de desalojados, 1-2 milhões de viúvas, 5 milhões de órfãos".
O relatório da Iraq Body Count, entidade que realiza a contagem diária de mortes violentas no país, estima que entre 4000 e 5000 pessoas continuam a morrer anualmente no Iraque devido à violência.
África do sul
Revolta e repressão em mina de carvão
No dia 19 de março a polícia sul-africana abriu fogo contra trabalhadores em greve da mina de carvão Shanduka Graspan. Os operários protestavam diante da entrada da mina e forçaram os portões com tratores e barras de ferro para ocupar o local de trabalho. Sete trabalhadores foram hospitalizados com ferimentos de balas de borracha e nove foram presos. A mina Shanduka Graspan é propriedade da multinacional Glencore. Os trabalhadores da mina denunciam péssimas condições de trabalho, jornadas extenuantes e baixos salários.