
Juventude se rebela em Estocolmo, Suécia
Agiganta-se a rebelião das classes populares na Europa no contexto do aprofundamento da crise geral dos monopólios e da concomitante contra-ofensiva de arrocho ao mundo do trabalho no "Velho Continente", promovida pelas administrações e gerências de várias nações europeias, mais pobres ou mais ricas – arrocho que, como ensina a História, sempre vem acompanhado de uma escalada repressiva que visa manter as massas oprimidas na rédea curta.
No mês de maio chamou atenção a eclosão de uma revolta mais radicalizada na península escandinava, cujas nações (Suécia, Noruega e Finlândia) costumam ser apresentadas pelo monopólio internacional da imprensa burguesa e pelos arautos do capitalismo em geral como exemplos de que, dizem, a conciliação de classes pode dar certo, como se fosse possível haver entendimento entre oprimidos e opressores no âmbito do sistema internacional de exploração do homem pelo homem.
Pois os polidos e educados promotores de toda esta empulhação enrubesceram ante uma radicalizada revolta popular que explodiu nos subúrbios da capital da Suécia, Estocolmo, desencadeada pelo assassinato de um homem de 69 anos pela polícia local, com os "distúrbios" – para usar uma palavra do léxico da direita – transcorrendo ao longo de quase uma semana.
Jovens do distrito de Husby, a maioria de origem imigrante, estiveram na linha de frente da rebelião contra o racismo e a brutalidade policial dirigida aos pobres da Suécia, um dos países nórdicos que volta e meia são apresentados pela imprensa dos monopólios como lugares onde o capitalismo funciona, onde não há pobres, carências e muito menos violência de Estado; onde o capitalismo é "aberto e tolerante".