A omissão da gerência PT/FMI quanto aos povos indígenas brasileiros em 2012 provocou violências que resultaram em 106.801 vítimas, representando um aumento de 72% em relação ao ano anterior (61.988 vítimas).
Outro crescimento escandaloso foi observado no aspecto Violência contra a Pessoa, no qual estão incluídos homicídios, ameaças de morte, tentativas de assassinato, racismo, lesões corporais e ataque sexual. O número passou de 378 para 1.276 vítimas, revelando uma piora de 237% em comparação com 2011.
No tocante à legalização das terras dos índios, 44 processos "estão engavetados no Palácio do Planalto, aguardando apenas a assinatura da presidente da República". Desde 1985, "com média anual de cinco homologações, Dilma é a presidente que menos homologou terras indígenas no Brasil".
Todas essas informações constam do Relatório de Violência Contra os Povos Indígenas no Brasil (dados 2012), elaborado pelo CIMI (Conselho Indigenista Missionário) e divulgado recentemente.
As realidades apresentadas "neste Relatório provam, de modo irrefutável, a intolerância e truculência vigentes em nosso país em relação às populações indígenas. Terras demarcadas são invadidas, depredadas sob o olhar complacente do poder público. Terras com todo o processo demarcatório já concluído têm seus procedimentos paralisados pelo governo federal em troca de apoio político no Congresso Nacional" – acusou o CIMI.
No termo "apoio político" leia-se os verdadeiros complôs montados entre a gerência petista, o latifúndio, empresas do "agronegócio" e os ditos parlamentares ruralistas, contra as nações indígenas do Brasil. Dentro e fora do Congresso.
Disse o documento: "Os setores econômicos anti-indígenas, especialmente os ligados ao agronegócio e às empresas de capital internacional que monopolizam e controlam todas as fases do setor, tais como Monsanto, Bayer, Basf, Syngenta, Cargill e Bunge, buscam ter o poder nas próprias mãos para decidir acerca da "não" titulação de terras quilombolas, da "não"criação de novas unidades de conservação ambiental e da "não" demarcação das terras indígenas no país".