
Mais de 4500 mapuches se despediram do corpo de Melinao.
No último dia 12 de agosto, as comunidades mapuche chilenas realizaram uma grande marcha em Santiago, capital do país. O protesto começou na Praça de Armas e denunciou as violências cometidas pelo Estado chileno, que quatro anos atrás vitimou o Weichafe (guerreiro, em mapundungum, idioma mapuche) Jaime Mendoza Collio, e na última semana a Rodrigo Melinao, outra liderança da causa da independência do povo mapuche.
O Estado chileno mobilizou um forte aparato policial, inclusive com uso de helicóptero, carro lança-água e lança-gases. Um manifestante informou à Rádio Bío-Bío que o protesto se aproximou da sede da Polícia de Investigações (PDI) de forma pacífica, levando cartazes, e que os funcionários atearam fogo no prédio sem nenhum motivo.
Os manifestantes acusam os policiais de usar violência indiscriminada. A polícia está acusando os manifestantes de lançar coquetéis molotov. Quatorze pessoas foram presas, cinco delas quando tentavam ingressar na PDI. Dentre elas quatro mulheres e um menor de idade. Cinco pessoas foram presas na sede da PDI e se encontravam, até o fechamento desta edição, incomunicáveis.
Os policiais atiraram contra os manifestantes com armas de grosso calibre, uma pessoa foi atingida por uma bala que, segundo o portal informativo mapuche werken.cl, seria de chumbo. Três policiais tiveram lesões leves. Uma mulher mapuche foi presa e agredida pelos policiais.{loadpositionpublic au}