
Manifestante golpeia policial durante manifestação no dia 14/8.
No início da década de 1980, uma multidão em fúria esteve prestes a derrubar os portões da sede do gerenciamento estadual de SP, o Palácio dos Bandeirantes, em protesto contra a carestia de vida. Essa cena se repediu em junho desse ano, com milhares de jovens com o rosto coberto protestando contra a violência policial e a podridão do velho Estado.
Em 14 de agosto, mais uma vez, protestos em São Paulo terminam com o cerco e ocupação da Câmara Municipal e Assembleia Legislativa pelas massas rebeladas e confrontos com as forças de repressão.
As denúncias de irregularidades nos contratos do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) desmascararam mais uma montanha de crimes de corrupção, formação de cartel, roubalheira de milhões, tudo com pleno conhecimento dos governos de turno desde 2000.
Eleitoreiros da "esquerda" rechaçados nos protestos de junho e julho, ávidos por desgastar o PSDB para a próxima farsa eleitoral, centrais sindicais governistas e o virtual Movimento Passe Livre (MPL) arrogaram-se "organizadores" da manifestação, mas de nada adiantou tentar encabrestar as massas. Como nos protestos anteriores, com o avançar da noite, as bandeiras eleitoreiras desapareceram e os rostos dos manifestantes se cobriram para a luta. Cerca de três mil manifestantes, divididos em grupos, tomaram várias ruas centrais da capital.{loadpositionpublic au}