A Ucrânia segue no centro das disputas interimperialistas entre o USA/União Europeia e Rússia.
Os últimos lances dão conta de uma corrida armamentista dentro do país, com o anúncio da reintrodução do serviço militar, que havia sido suspenso há um ano. Ao mesmo tempo, o USA envia tropas e armas para os países vizinhos, como a Polônia, claramente dando passos para formar uma barreira anti-mísseis que neutralize o poderio nuclear russo contra o ocidente.
Agentes imperialistas ianques e europeus, além de grupos fascistas, seguem fazendo provocações e empurrando a Ucrânia para a guerra civil.
Ao mesmo tempo, os russos, que já anexaram a Crimeia, avançam em suas pretensões pelo leste da Ucrânia, principalmente em Donetsk, onde prédios da administração estão ocupados por grupos pró-Rússia. O governo títere da Ucrânia colocou o exército em prontidão, mas assumiu que não é capaz de recuperar as posições perdidas no leste, temendo que os pró-russos avancem para o oeste.
Em 25 de abril, sete “observadores” da Organização para Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) foram sequestrados por pró-russos, que pretendem trocar os reféns por correligionários presos em Kiev. Até o fechamento desta edição, os “observadores” seguiam prisioneiros.
No dia 28 de abril, o USA e a União Europeia ampliaram as sanções contra empresas, amigos de Putin e militares russos, que terão seus bens no exterior bloqueados e serão impedidos de transitar por esses países.
Em um giro por Chile e Peru, o ministro de Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, à guisa de conciliação, ameaçou: “Não vamos fazer coisas estúpidas rapidamente. Queremos dar aos nossos sócios a oportunidade de se acalmar. Se suas ações continuarem, neste caso, estudaremos a situação”.
Em meio a toda tensão, os próprios russos fingem apelar ao diálogo entre o governo títere de Kiev e as regiões separatistas, ao passo que fomentam a secessão. Por seu lado, o imperialismo ianque/europeu anunciou, através do FMI, o envio de uma “ajuda” de 17 bilhões de dólares a Kiev.
E assim o povo ucraniano se vê espremido entre interesses imperialistas por todos os lados, apesar de haverem organizações revolucionárias, antifascistas e anti-imperialistas que têm combatido nas ruas.