Luta contra a Copa, greves, assembleias populares e retomada do espaço público anunciam junho de luta.

Assembleia de professores
Entre atos públicos, assembleias populares, greves e atividades culturais com o caráter de ocupação de espaço público, Porto Alegre resiste e tenta dar uma resposta popular ao estado de exceção de uma cidade-sede da Copa do Mundo.
Atos públicos
No dia 29 de maio, centenas de pessoas reuniram-se em frente à prefeitura de Porto Alegre para protestar contra a Copa e o estado de exceção FIFA que se espalha pela cidade. A marcha organizada pelo Bloco de Luta também apresentou o caráter de denunciar o processo de criminalização dos movimentos sociais que se acentua por todo o país, dando o destaque para os casos locais, sendo que o Bloco tem dezenas de militantes indiciados judicialmente, e em forma de solidariedade às centenas de pessoas a nível nacional que vêm sendo processadas e perseguidas por exercer o seu direito de lutar.
Em gritos como “Não vai ter Copa, vai ter luta” e “A luta não se reprime, protesto não é crime”, militantes pararam o centro de Porto Alegre por cerca de duas horas para dialogar com a população e convocá-la para as próximas atividades de mobilização na cidade, como a Assembleia Popular Contra as Violações da Copa da FIFA, em 4 de junho, que é um espaço de discussão, debate e organização da luta, visando fortalecer a resistência popular dentro do cenário repressivo de uma cidade-sede da Copa do Mundo.
Municipários e rodoviários
Na mesma quinta-feira (29), cerca de 2.000 funcionários do município organizados através do SIMPA (Sindicato dos Municipários de Porto Alegre) rejeitaram por unanimidade em assembleia, a proposta apresentada pela prefeitura de reajuste salarial de 2,5%, e aprovaram o início da greve geral dos municipários para a partir de 2 de junho.
Com uma agenda de mobilizações que aponta atos públicos e assembleias para até o dia 05 de junho, os municipários estão lutando para conquistar um reajuste salarial de 20% e o direito a um vale-alimentação no valor de R$ 23,00, entre outras reivindicações.