
Massiva manifestação em Londres em 21 de junho
Na Bélgica, no último dia de junho, trabalhadores da empresa pública de transporte ferroviário do país, a SNBC, levaram a cabo uma greve de 24 horas para denunciar os males das contrarreformas que vêm sendo implementadas pela administração de Bruxelas no setor já há uma década, com um sem número de medidas que resultam em degradação do serviço, como a extinção de seis mil empregos desde 2004, a contratação de trabalhadores em regimes de direitos mínimos e a divisão da empresa em várias filiais para dificultar a organização dos trabalhadores e facilitar tanta precarização. Os grevistas dizem também que a direção da SNBC deve a eles nada menos do que cerca de um milhão de dias de folga (28 dias de folga não gozados por cada ferroviário).
Os ferroviários também estão em luta na França e na Suécia. Na França, a categoria realizou uma vitoriosa greve de 10 dias que conseguiu frear, em parte, os planos do gerenciamento “socialista” de François Hollande de fazer com os caminhos-de-ferro franceses algo semelhante ao que o gerenciamento belga vem fazendo com a SNBC, ou seja, dividir para destruir. Com a greve, os trabalhadores franceses obrigaram o Parlamento francês a alterar o projeto de contrarreforma do setor, estabelecendo que todos os ferroviários tenham o mesmo empregador, uma “entidade mãe”, independentemente de eventuais desmembramentos do sistema. Na França já se planeja novas ações para o futuro breve, tendo em vista que a conquista foi pontual ante uma contrarreforma que penalizará o conjunto dos trabalhadores que usam os trens como meio de transporte cotidiano.
Na Suécia, os ferroviários iniciaram uma greve no início de junho e a levaram até o dia 18 do mesmo mês contra a demissão de 250 funcionários pela empresa para readimiti-los em seguida sob contratos de trabalho de “zero hora”, a mais nova mania do patronato europeu e entre os Estados esmerados na “austeridade”. Amarrado a esse tipo de contrato, o trabalhador fica 24h à disposição do chamado do patrão para trabalhar, mas só recebe por hora trabalhada. Se o patrão não precisar dele, recebe por “zero hora” de trabalho, ou seja, nada.