Até o fechamento desta edição de AND estava prevista para os primeiros dias de outubro, no palácio de Linares, em Madri, uma cerimônia de premiação ao rico empresário Miguel Facussé Barjum, de Honduras.
“Autoridades” da Espanha e internacionais, além de poderosos capitalistas engravatados e perfumados iriam homenagear seu colega e assemelhado Facussé com o Prêmio Fundadores, do Conselho Empresarial da América Latina. Contudo o CEAL, que reúne a “elite” das empresas privadas latinoamericanas, ainda não tinha realizado a entrega da láurea até o encerramento de nossa edição.
De qualquer modo anunciava-se as presenças, no evento, do gerente espanhol Mariano Rajoy, do ex Felipe González, do ex-rei Juan Carlos e do atual Felipe VI, do ex-secretário geral da OEA e banqueiro Enrique Iglesias, do presidente do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), dos diretores máximos da Telefonica (Vivo), da Repsol (Repsol Sinopec, no Brasil), do Grupo Mapfre, da brasileira IP e outros que tais.
No entanto nem os previstos discursos louvadores e nem as caras fragrâncias exaladas no ambiente luxuoso do palácio poderiam enganar o povo de Honduras, que está farto de saber que: a verdadeira vida do personagem cabe melhor numa ficha-corrida policial do que numa biografia; seu verdadeiro odor, pútrido, não pode ser disfarçado com perfume algum e anunciar a outorga de um prêmio a tal elemento é no mínimo algo asqueroso e insultante.