
Cinelândia, RJ, 1º de outubro de 2014
Na noite do dia 1º de outubro, cerca de 500 pessoas, entre estudantes e educadores das redes estadual e municipal de ensino, se reuniram na Cinelândia, Centro do Rio, para lembrar a Batalha da Educação em outubro de 2013, há exatamente 1 ano. Na ocasião, educadores resistiram à toda ordem de violência usada pela PM para reprimir o movimento grevista. Os episódios deste mês marcaram a luta em defesa da educação fluminense nos últimos anos.
Policiais foram flagrados atirando telhas, pedras e bombas de gás lacrimogêneo de cima da Câmara de Vereadores contra profissionais que protestavam pacificamente contra um projeto de lei de desmanche da educação pública. PMs foram flagrados atirando spray de pimenta a esmo e plantando rojões na bolsa de um estudante. A ação despertou a ira dos cariocas, que dias depois tomaram as ruas aos milhares para protestar.
No ato de 1/10 deste ano, filmes foram exibidos pelas massas e um varal com várias fotografias foi colocado nas laterais das escadarias da Câmara. Depois de várias intervenções e uma breve agitação no acesso ao Teatro Municipal, a banda Siderais fechou o ato com o melhor da música marginal carioca.
— Estamos hoje aqui na rua para denunciar as porradas que nós levamos ano passado. Mas também temos que denunciar as porradas que a educação continua levando. O governo Sérgio Cabral/Pezão fechou mais de 150 escolas. Alunos foram eliminados do sistema de ensino. Existe um processo de privatização violento. Agora é a Escola Villa Lobos a bola da vez. Se vai entrar a Dilma, a Marina ou o Aécio, todos eles vão cumprir o plano do Banco Mundial e do capital financeiro para a educação pública. Por isso, atos como esse precisam continuar — disse uma professora ao microfone.