
Manifestantes partem pra cima da polícia fascista em Bruxelas
Na Itália, uma gigantesca marcha popular tomou conta da capital do país, Roma, no último dia 25 de outubro, contra a intenção do gerenciamento do “primeiro-ministro” Matteo Renzi de depredar o Estatuto dos Trabalhadores, conquista histórica dos italianos pela via das lutas classistas dos anos 1970.
Renzi pretende levar a cabo uma contrarreforma trabalhista batizada de “Jobs Act” que visa facilitar as demissões e ceifar direitos e garantias de trabalhadores com “pouco tempo” de contrato, em suma. E esse “pouco tempo”, ressalte-se, não é um punhado de meses. Não se trata de “período de experiência”. Trata-se aqui dos primeiros anos de trabalho para esta ou aquela empresa.
O projeto já foi aprovado pelo senado italiano e está a caminho da câmara dos deputados. As massas pretendem pará-lo com greves, protestos e marchas como a do 25 de outubro. O clima político no país se radicalizou depois que Renzi desdenhou das mobilizações populares e lançou uma provocação às massas trabalhadoras, dizendo que “a época em que uma manifestação podia bloquear o governo pertence ao passado”.
Na Grã-Bretanha, duas grandes jornadas de protestos populares sacudiram a capital Londres e outras cidades da ilha nas últimas semanas.
No último dia 18 de outubro, mais de 100 mil pessoas saíram às ruas de Londres, Glasgow e outros grandes centros contra o congelamento salarial no setor público, que já dura anos, desde 2009, e vai corroendo o poder de compra do trabalhador. Enquanto isso, os lucros das companhias capitalistas resgatadas, subsidiadas e afagadas de todo jeito pelo Estado burguês aumentaram 21% no mesmo período.
Já no último 5 de novembro, o centro de Londres e os arredores do palácio de Buckinghan, onde se encastela a nata da monarquia parasita, foi palco de um combativo protesto anticapitalista que reuniu cerca de quatro mil pessoas e provocou o desencadeamento de forte reação por parte dos aparatos repressivos do Estado britânico. Não se deixando intimidar, as massas atiraram paus, pedras, cones de trânsito e até barricadas metálicas contra o cordão policial, gritando em uníssono: “Uma solução: revolução!”. Cinco jovens foram presos.