São Paulo: luta contra demissões na Sabesp

Assembleia aprova greve contra demissões em 10/03/2015
Trabalhadores da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) decidiram, em assembleia realizada no dia 10 de março, que, no dia 19, será deflagrada greve por tempo indeterminado contra a demissão de 400 trabalhadores da empresa de janeiro a março.
Os trabalhadores também aprovaram o ingresso de uma medida cautelar na justiça para tentar evitar novas demissões. Segundo denunciam, a Sabesp já demitiu 400 trabalhadores e pretende chegar aos 600.
Em nota, a companhia diz que a direção da empresa respeita a decisão da assembleia e se coloca à disposição dos trabalhadores para o diálogo. “A empresa esclarece que as atividades essenciais serão preservadas, garantindo a prestação de serviços aos clientes”, acrescenta a nota.
ES: greve e catraca livre
Os trabalhadores rodoviários de Vila Velha - ES realizaram uma série de protestos na capital capixaba, Vitória, na primeira semana de março. Motoristas e cobradores da empresa Transcol protestaram no Terminal de Itaparica no dia 6, entre o final da tarde e início da noite, contra o corte de dois dias nos salários, tíquetes de alimentação e repouso semanal remunerado feito pela empresa em retaliação ao trabalhadores por uma greve realizada em fevereiro. Como protesto, vários ônibus circularam sem cobradores durante várias horas, até que a empresa ordenou que os veículos fossem recolhidos às garagens para evitar maior prejuízo.
Segundo informações do Sindicato das Empresas de Transporte Metropolitano da Grande Vitória (GVBus), o valor descontado dos trabalhadores foi de R$ 142,89 para motoristas e de R$ 84,99 para cobradores. A revolta é grande entre os funcionários, que acionaram o judiciário para que tenham os dias ressarcidos.
PR: greve suspensa, trabalhadores alertas
A combativa greve dos trabalhadores em educação da rede estadual do Paraná durou 29 dias e foi suspensa por decisão da assembleia geral da categoria. Com a suspensão, as aulas foram retomadas no dia 12 de março. Mas a assembleia não determinou somente a suspensão da paralisação. Foi aprovado um “estado permanente de greve”.
Como já havíamos noticiado na edição anterior do AND, o governo Richa (PSDB) foi obrigado, pela radicalização da greve — que resultou na ocupação da Assembleia Legislativa, entre outras ações combativas que contaram com a adesão de outros setores do funcionalismo público e estudantes —, a recuar em suas pretensões, dizendo comprometer-se em retirar do seu pacotaço antipovo as medidas contra a previdência pública e assegurou que outras medidas seriam revisadas.
O governo se comprometeu em pagar, até 31 de março, as férias atrasadas e a nomeação de 1.460 professores concursados. Uma demanda já atendida foi o pagamento dos contratos de temporários, realizado ainda antes da suspensão da greve. O governo também prometeu não alterar as regras da Paraná Previdência.
Os trabalhadores continuam alertas para retomar as paralisações caso o gerenciamento Richa descumpra algum dos acordos ou tente novo artifício para impor seu pacotaço.