
Humvees enviados para a Ucrânia pelos ianques
Na Ucrânia, a trégua sobre a qual se diz que vigora sem violações de maior repercussão é, na verdade, “pão para hoje e fome para amanhã”. Enquanto corre mais um cessar-fogo, o imperialismo ianque se apressa e se esmera para treinar e armar o gerenciamento fascista de Petro Poroshenko, que, por sua vez, se apressa e se esmera para aumentar o efetivo do exército ucraniano em um terço, para 250 mil soldados, conforme lei enviada ao congresso do país e aprovada no último dia 2 de março.
No início de março, Washington anunciou que enviaria à Ucrânia ajuda militar em um total estimado em US$ 75 milhões, na forma de veículos Humvees, alguns blindados, drones de observação Raven, radares antimorteiro, entre outros equipamentos bélicos “não letais”. No último 19 de março o Pentágono anunciou que cerca de 300 paraquedistas das forças armadas ianques vão para a Ucrânia a fim de treinar seis companhias de soldados do exército local.
Além disso, dois deputados ianques, um do partido Republicano, Mac Thornberry, e outro do partido Democrata, Adam Smith, apresentaram um projeto de lei no sentido de o USA enviar à Ucrânia uma grande ajuda militar no valor de US$ 1 bilhão, visando dar a Kiev o apoio necessário para “proteger o seu território soberano contra a agressão estrangeira”. O projeto de lei republicano-democrata, assinado por outros 28 congressistas, escancara uma vez mais a imprecisão da ideia do “bipartidarismo” na política do USA, tendo em vista que as diferenças de tom e outras nuances entre aquelas duas forças políticas majoritárias não dirimem o fato de serem ambas promotoras e missionárias de políticas imperialistas.
E nos engendros da geopolítica, ao passo que as contradições insanáveis que marcam os esforços pela repartilha do mundo empurram as potências e suas “áreas de influência” para cruzar as baionetas em mais uma grande guerra imperialista, as ratazanas vão se agrupando em cambadas sob o espectro da iminente digladiação. É caso por exemplo da “aproximação” em curso dos fascistas Petro Poroshenko e Recep Tayyip Erdogan - e, logo, dos seus gerenciamentos na Ucrânia e na Turquia títeres do bloco de poder “ocidental” —, em mais um movimento feito segundo os interesses e estratégias sobretudo do imperialismo ianque no tabuleiro de um dos palcos do grande e generalizado conflito que já se distingue no horizonte.