Um relatório da ONU divulgado no fim de março mostrou que 2014 foi o ano mais sangrento do genocídio na Palestina desde 1967, ano da Guerra dos Seis Dias. O número de “civis” palestinos assassinados por Israel no ano passado passou da marca dos 1.500 mortos. Trata-se, porém, de um número balizado por premissas capciosas.
Este recorde de mortes de “civis” palestinos na conta do fascismo-sionismo foi conquistado, diriam os cabeças do genocídio na Palestina invadida, graças à “Operação Limite Protetor”, a mais sangrenta invasão sionista da Faixa de Gaza em uma década, que deixou na verdade pelo menos 2.205 palestinos mortos (número oficial), “civis” ou militantes da justa luta armada contra Israel genocida. Além disso, a “Operação Limite Protetor” provocou o maior deslocamento de pessoas na faixa de Gaza desde 1948, por causa da destruição de 113,5 mil residências pelas bombas de Israel.
Justamente no momento em que surge esta informação (na verdade, no mesmo dia, 26 de março), a organização Anistia Internacional passa um belo atestado de ser parte integrante do conjunto de atores e engendros (como a própria ONU) que permitem a perpetuação ano após ano deste genocídio na Palestina invadida, ao reforçar o mito do “conflito israelo-palestino”, acusando “grupos armados palestinos” de cometerem “crime de guerra” justamente durante aquela última grande operação de extermínio e destruição de Israel na Faixa de Gaza.