Fotos enviadas por Flávio Alves

Os professores exigem dos órgãos municipais que suas reivindicações sejam atendidas
Na manhã do dia 9 de abril, os servidores da educação municipal de Goiânia, seguindo o exemplo de vários outros educadores que estão em luta por todo o Brasil, deliberaram entrar em greve geral por tempo indeterminado.
A luta dessa vez não é por aumento de salários, o que não deixaria de ser uma pauta digna, mas sim contra o corte de direitos conquistados com muita luta por estes trabalhadores. Ou seja, contra a redução salarial e outros benefícios. Essas medidas estão afetando não apenas esta categoria, mas sim todos os servidores do município.
Após determinarem a greve, os trabalhadores promoveram ações para pressionar a prefeitura a abrir negociações de modo a cumprir com acordos feitos em greves passadas, já que as promessas feitas pelo prefeito não estão sendo cumpridas. As pautas de negociação são o pagamento retroativo da data-base dos servidores administrativos, o pagamento da gratificação de 30% para as auxiliares educativas, transposição para o plano de carreira do magistério e o pagamento do retroativo de 2014 do piso dos professores. Além da retirada de reforma administrativa do projeto que corta direitos dos trabalhadores. Ou seja, a luta maior é contra cortes de direitos trabalhistas já conquistados e contra o sucateamento que vem sendo promovido na rede municipal de ensino.
No dia 16 de abril, os servidores em greve realizaram um panelaço no Paço Municipal. Neste ato realizaram uma ocupação histórica, tomando a sala de reuniões do prefeito, local onde ele deveria receber os educadores e cumprir com os acordos firmados por ele próprio.

Educadora ferida de forma covarde pela Guarda Municipal
Já na assembléia do dia 24 de abril, os servidores decidiram manter a greve por tempo indeterminado e tomaram como ação imediata percorrer os corredores do Paço Municipal, demonstrando a indignação com a falta de ação do prefeito. A prefeitura, que se recusa a atender as pautas reivindicativas da greve, mostrou que o único diálogo que entende é o do fascismo, a da repressão mais brutal. Ao perceber a tentativa dos educadores de adentrar nos corredores do Paço, a Guarda Civil Metropolitana montou um cordão de isolamento e, bastou os servidores se aproximarem, atacou com spray de pimenta, socos e cassetetes. Dois professores foram atingidos com várias pauladas na cabeça, tiveram cortes profundos e foram levados para o hospital, onde levaram vários pontos cirúrgicos.
Esta repressão covarde tomou logo uma forte repercussão, despertando a indignação da categoria em greve e também das populações de Goiânia e de todo país, que acompanharam as fotos, vídeos e relatos de mais um ato covarde que é só o que este velho Estado tem a oferecer a quem busca uma educação digna para o nosso país.
A categoria não está sozinha, os trabalhadores da saúde também entraram em greve contra os cortes de direitos que a prefeitura vem implementando contra todos os servidores do município, inclusive contra os guardas que espancaram os servidores da educação e também já haviam reprimido um dia antes os servidores da saúde.