Conforme noticiamos na última edição do AND, no último dia 27 de maio, mais de 30 famílias foram despejadas do Acampamento Cajueiro 1, localizado na fazenda Paredão, na RO-257, em Machadinho D’Oeste. Participaram da operação, a PM, o Grupo de Operações Especiais (GOE), a Polícia Civil e o Corpo de Bombeiros. Fortemente armados, eles contaram com o apoio de um helicóptero. Dois camponeses foram presos.
Há vários meses, os camponeses do Acampamento Cajueiro 1, apoiados pela LCP, vinham lutando por aquelas terras. Foram realizadas várias reuniões com o Incra e a Ouvidoria Agrária Nacional e as negociações estavam avançando.
Ainda assim, escancarando sua carranca fascista, as gerências do velho Estado burguês-latifundiário (Dilma/PT/pecedobê e Confúcio Moura/PMDB) ordenaram o despejo violento.
Para os latifundiários: apoio e conivência com seus crimes. Para os camponeses: despejos, calúnias, perseguições, prisões e assassinatos de lideranças.
Em nota, a LCP recorda o crime confesso do latifundiário Caubi Moreira Quito, que admitiu ter contratado policiais militares para fazer serviço de pistolagem sem que o poder judiciário ou o Ouvidor Agrário Nacional, Gercino José, tivessem tomado qualquer atitude.
A LCP também cita o caso do latifundiário e ex-prefeito de Vilhena, conhecido como Nego Zen, e pistoleiros fortemente armados, que sequestraram e torturaram dois camponeses. Na ocasião, a Polícia Militar se negou a acompanhar uma comissão de advogados, professores, estudantes e camponeses até o local em que os camponeses eram mantidos reféns. Após o resgate dos camponeses, latifundiário e pistoleiros foram presos, mas postos em liberdade no mesmo instante.
“Os camponeses estão fartos de denunciar tanta injustiça e nada acontecer”, concluiu a LCP em sua nota. E exigiu: “Terra para quem nela trabalha!” e “Punição para os executores e mandantes de todos os crimes contra camponeses!”