Índia: ofensiva não detém a guerra popular
Em maio, as forças da contrarrevolução na Índia tomaram uma série de medidas nas zonas tribais e nas áreas de campo onde há forte atuação e influência do Partido Comunista da Índia (Maoísta).
O primeiro-ministro do país, Narendra Modi, destinou 3,3 milhões de euros em projetos de “caridade” no estado de Bastar, vasta região onde há grande movimento de massas e se desenvolve intensa ação do Exército Guerrilheiro Popular de Libertação (EGPL), dirigido pelo PCI (Maoísta), como forma de tentar afastar as massas do caminho da legítima luta por sua libertação.
Ao mesmo tempo em que realiza estas ações “caritativas”, o regime reacionário anunciou novos mega-projetos, entre os quais, uma usina siderúrgica de grandes proporções. Estes projetos, associados a ação predatória das grandes mineradoras, têm expulsado milhares de massas dos povos tribais e camponeses de suas terras, como tem comprovado a dura experiência. Além disso, as forças de repressão incrementaram o número de drones (aviões não tripulados) nas zonas tribais e de atuação do EGPL.
Ademais, foi feito o anúncio de que serão construídos 400 postos fortificados de polícia nos estados de Andhra Pradesh, Telangana, Bihar, Chhattisgarh, Jharkhand, Madhya Pradesh, Odisha, Uttar Pradesh e Bengala Ocidental.
Outra notícia fartamente veiculada por agências internacionais é de que o bando paramilitar contrarrevolucionário ‘Salwa Judum 2’ foi reativado para reprimir e massacrar os povos tribais e promover ações contra os maoístas.
Apesar de todo aparato e milhões investidos em contrarrevolução pelo velho Estado, as ações da guerra popular seguem ocorrendo em vários estados. Em 20 de junho, a página belga Secours Rouge noticiou mais uma exitosa emboscada do EGPL contra tropas das Forças Armadas de Chhattisgarh, no distrito de Dantewada, que aniquilou um militar.