Suprema Corte de Bombaim determinou que tratamento médico do professor GN Saibaba seja assistido por parentes em um hospital de sua escolha

GN Saibaba
No fechamento dessa edição do AND, em 30 de junho, recebemos a notícia de que foi concedido o direito a liberdade temporária pelo período de 3 meses, mediante pagamento de fiança, ao professor Dr. GN Saibaba para que realize tratamento de saúde.
No último dia 22 de junho, a Suprema Corte de Bombaim havia detrminado que o Dr. GN Saibaba, proeminente intelectual democrático e preso político do velho Estado indiano desde 9 de maio do ano passado, poderia ser assistido pela sua esposa e irmão em um hospital de sua escolha.
Saibaba tem 90% dos movimentos do corpo comprometidos em decorrência da poliomielite. As péssimas condições carcerárias impostas pelo regime fascista indiano levaram ao agravamento de problemas cardíacos, hipertensão e a quase paralisia dos movimentos de um braço, o que o impede de conduzir a cadeira de rodas em que se desloca. Saibaba vinha sofrendo desmaios diários devido ao forte calor na cela denominada “célula Anda”, onde é mantido em completo isolamento.
— Você [Estado] permitiu que a sua família o visse por apenas três minutos? Ele é uma ameaça para a segurança? Por que se comportam dessa maneira? Essas agências policiais creem que quando um trabalho é confiado a elas, devem trabalhar às cegas e tratar Saibaba como um animal — declarou o juiz em sua sentença.
Ao longo do último mês, ativistas e organizações de defesa dos direitos dos povos na Índia e os advogados de Saibaba haviam feito reiteradas denúncias sobre o agravamento de sua saúde. As “autoridades” policiais conduziram Saibaba a um hospital determinado pelo sistema prisional, o mantiveram o tempo todo em completo isolamento e o conduziram novamente ao cárcere após realizar exames.
Diante da conduta das “autoridades” policiais, das desumanas condições carcerárias impostas pelo regime fascista indiano e das reiteradas denúncias, o tribunal decidiu que a esposa e o irmão de Saibaba poderão acompanhá-lo ao seu check-up e registrou os nomes de três hospitais — um dos quais será escolhido pela família do professor.
Kobad Ghandy interrompeu greve de fome
Em 6 de junho, o veterano dirigente maoísta Kobad Ghandy, preso político do velho Estado indiano, encerrou a greve de fome iniciada em 1º de junho em função da publicação de uma ordem judicial que ordena às “autoridades” penitenciárias que propiciem seu acesso a cuidados médicos e instalações adequadas ao seu quadro de saúde na prisão.
Kobad Ghandy, de 68 anos, iniciou a greve de fome denunciando a tentativa do velho Estado e suas “autoridades” prisionais de destruir sua saúde e aniquilá-lo, negando-lhe cuidados médicos, água quente, medicamentos, direito a uma cama, etc.