No último dia 11 de setembro, o povo do Chile saiu às ruas para marcar posição contra o fascismo em mais um aniversário do golpe contra Salvador Allende perpetrado pelas forças armadas daquele país sob a liderança de Augusto Pinochet em 1973. Milhares de pessoas engrossaram grandes manifestações de repúdio àquele golpe, tramado desde Washington, e pela punição dos culpados, cúmplices, carrascos e financiadores do mais sanguinário gerenciamento militar terrorista da história da América Latina, que instaurou 17 anos de torturas, sequestros, assassinatos e uma grande e implacável rede de repressão, que, segundo entidades democráticas, tirou a vida de cerca de 40 mil pessoas.

Jovens lançam coquetéis molotov contra 'carabineros'
No 42º aniversário deste grande crime contra o povo do Chile, as massas do país também homenagearam os seus mais destacados combatentes democráticos que tombaram mortos na luta contra o regime fascista de USA-Pinochet.
Não menos importante, e também à maneira como ocorreu nos aniversários pregressos do 11 de setembro chileno, os protestos tiveram também a insígnia classista da luta contra a exploração e a opressão a que estão submetidas as massas trabalhadoras daquela grande e combativa nação — exploração e opressão efetuadas pelos governos civis que honram a herança de Pinochet de gerenciar o país segundo os interesses dos monopólios internacionais e da grande burguesia local, ainda que sob juramento de respeito à “democracia”, ao “Estado de direito” e às “liberdades individuais”.
A juventude combatente ergueu barricadas nas ruas de Santigado contra a repressão. Pelo menos 52 pessoas foram presas pela polícia de Michele Bachelet. Cinco ficaram feridas nos confrontos.
A gerente federal Bachelet, que mal se sustenta sobre exíguos 22% de aprovação, fez um discurso em que sequer tocou no assunto da prisão especial que fica a 50 km de Santiago, onde uma centena de criminosos ex-membros do regime de Pinochet cumprem pena gozando de regalias.