A CIDH denuncia em seu comunicado “o bombardeio por parte das tropas ianques contra as residências de civis inocentes, na cidade de Samarra, destruindo quatro delas sobre seus habitantes e causando a morte de 52 cidadãos, entre eles 29 crianças e adolescentes menores de 15 anos e 10 mulheres.”
A comissão considera que “com esta ação vingativa contra cidadãos inocentes” se pretende “ocultar as perdas das tropas ianques e britânicas causadas pela legítima resistência iraquiana” e considera o ocorrido “um crime contra a humanidade”.
Por outra parte, a CIDH pediu ao Secretário Geral das Nações Unidas, à Liga Árabe e à Organização dos Países Não-alinhados, a intervenção imediata e a condenação “deste crime”. Também pediu a retirada imediata das tropas de ocupação e fez um chamamento a todas as organizações voltadas para a defesa de direitos humanos que “denunciem os crimes perpetrados pelas tropas ianques e britânicas no Iraque por contrariarem tudo o que foi estabelecido pelas convenções e doutrinas pertinentes.”
A comissão acusa as tropas de ocupação de ter executado 14 cidadãos, em 28 de novembro, quando os detiveram sem motivo algum e logo entregaram sete corpos ao hospital jordaniano sem que nada se soubesse sobre os demais.
Finalmente, a comissão acusa o Conselho Supremo da Revolução Islâmica, o Congresso Nacional Iraquiano, o Movimento Alwifak (o consenso), a União Nacional do Kurdistan, o Partido Democrático do Kurdistan e o Partido de Adaawa (a predicação) e membros da polícia iraquiana, de delatar cidadãos inocentes às tropas de ocupação para que sejam detidos ou mortos, ainda que por vingança, para apropriar-se de suas casas por rechaçarem a ocupação ou a convivência com os colaboracionistas.