RS: pescadores ocupam latifúndio
Cerca de 200 pescadores ligados ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), no dia 18/10, ocuparam a Fazenda Santana, no município de Pelotas, Rio Grande do Sul. Essa foi a terceira ocupação do latifúndio, que tem cerca de sete mil hectares e está em processo de negociação com os proprietários. Os pescadores reivindicam que o Incra desaproprie a terra para fins da “reforma agrária”.MG: latifúndio ameaça camponeses
Na madrugada de 18 de outubro, cerca de 120 famílias ocuparam a Fazenda Santa Rita, em Uberlândia, Minas Gerais, que pertence a Silvio da Cunha Vasconcelos, latifundiário com terras em diferentes regiões do país. Conforme comunicado do sítio do MST, capangas armados buscavam intimidar os camponeses, rondando o local acompanhado de cães, disparando para o alto e cortando a luz e água da fazenda. Como forma de demonstrar a “produtividade” da fazenda — que até então se encontrava abandonada, sem lavoura ou pastagem —, os capangas do latifundiário colocaram mais de 200 cabeças de gado em meio ao acampamento.
TO: camponeses têm a casa incendiada
No município de Palmeirante, em Tocantins, no dia 15 de outubro, um casal de idosos camponeses teve a sua casa incendiada, perdendo todos os seus pertences.
Antônio Dias dos Santos, de 75 anos, e Maria Carmosina Pereira, de 80, junto com outras 23 famílias, vivem e trabalham na comunidade Boa Esperança, composta, em sua maioria, por posseiros que estão na área há mais de 30 anos. Os camponeses vêm sofrendo há décadas com a violência praticada por latifundiários e seus pistoleiros, como incêndios de casas, destruição de roças, tiroteio e violência física e psicológica contra os posseiros. Este foi o quarto ataque sofrido pela comunidade.
Segundo informações da Secretaria Nacional da Comissão Pastoral da Terra, a área em questão é terra da União, mas foi grilada por Getúlio Felix da Luz e titulada indevidamente pelo Instituto de Terras do Tocantins (Intertins).