Guerrilha golpeia duramente a reação
Em 27 de janeiro, pelo menos cinco policiais e dois civis (possivelmente informantes das forças reacionárias) foram aniquilados em uma emboscada empreendida pelo Exército Guerrilheiro Popular de Libertação (EGPL), dirigido pelo PCI (Maoísta).
As tropas reacionárias realizavam uma patrulha quando foram surpreendidas por uma forte explosão de uma mina terrestre em Chattarpur, distrito de Palamau, em Jharkhand
Segundo informações da imprensa indiana, a polícia de Jharkhand havia detectado a atividade dos combatentes do EGPL na região e realizava operações de caça aos guerrilheiros quando foi atacada.
Em 11 de fevereiro, os combatentes do EGPL detonaram cinco minas terrestres e travaram combate armado contra soldados das forças armadas de Chhattisgarh. Não há informações sobre mortos ou feridos. As explosões das minas terrestres ocorreram entre os distritos de Bodli e Bhairamgarh. Após as explosões e o combate, os guerrilheiros se retiraram para a selva. Uma equipe das forças armadas de Chhattisgarh realizou, sem sucesso, uma operação para persegui-los.
Protestos após morte de “intocável”
Rohith Vemula, de 26 anos, era um estudante de doutorado na Universidade Central de Hyderabad, no Sul da Índia. Pertencia à casta social mais oprimida da Índia, os chamados dalits, ou “intocáveis”. Por isso, havia sofrido todo tipo de abusos e discriminações.

Manifestação no pátio da Universidade de Belas Artes
No domingo, 17 de janeiro, seu corpo foi encontrado pendurado em uma residência do campus. A versão oficial diz que se tratou de suicídio, porém sua família suspeita que o assassinaram.
Blogs e páginas revolucionárias e democráticas da Índia e de organizações que apoiam a luta do povo indiano relatam que as contradições entre estudantes dalits e a ABVP, ala estudantil do BJP (o reacionário partido nacionalista hinduísta, atualmente no governo) havia se agudizado e, junto a outros quatro estudantes dalits e membros da Associação de Estudantes de Ambedkar, Vemula era acusado de assassinar um jovem da ABVP.
Enquanto esses acontecimentos estavam sob investigação, Rohith Vemula foi expulso de suas acomodações no campus e teve sua bolsa de estudos suspensa.
O suposto suicídio do jovem dalit desatou protestos massivos em várias partes do país, sobretudo em Hyderabad, Delhi, Bombaim, Pune e Chennai.
A família de Vemula rechaçou a “compensação” equivalente a 11.200 euros oferecida pela Universidade após a morte do jovem. “Queremos saber por que ele morreu. Se o mataram ou se ele morreu. Por que o suspenderam? Os responsáveis devem ser presos e punidos. Isso é o que queremos!”, assegurou a irmã de Vemula em declaração para a imprensa.