BA: remoção e tomada de terras
Cerca de 130 famílias do Acampamento Bruna Araújo, situado na Fazenda Changrilá, no município de Jucuruçu, na região sul da Bahia, foram despejadas pela quinta vez nos últimos meses, na manhã do dia 17/05.
Pertences de camponeses despejados de suas moradias
A área havia sido ocupada no dia 19/02 por se tratar de um latifúndio improdutivo, de aproximadamente 1.400 hectares, sendo de propriedade de Álvaro Pereira Filho, que detém latifúndios em outros municípios da região.
Os camponeses denunciaram a truculência da Polícia Militar na ação e a intransigência do Judiciário local, em expedir um mandado de reintegração de posse, mesmo sabendo que as famílias não têm para onde ir. Além disso, as famílias relataram que vêm sofrendo ameaças de morte na região e de que procuraram a delegacia local, mas nada foi feito.
Ocupação de terra em Amélia Rodrigues, Bahia
No município de Amélia Rodrigues, mais de 200 famílias ocuparam as terras da antiga usina Aliança, no dia 21/05. As terras da usina, que estavam sem uso, eram de propriedade do grupo Banco Econômico, que faliu na década de 1990, sofrendo uma intervenção do Banco Central (BC), apresentando uma divida de mais de R$ 18 bilhões com este último. Os camponeses reivindicavam que as terras fossem destinadas para a “reforma agrária”.
Em 2015, houve recrudescimento da violência no estado por parte dos órgãos do velho Estado e dos latifundiários e seus bandos pistoleiros, em um cenário de aumento da concentração de terras na posse daqueles e de letargia na “reforma agrária” por parte das gerências federal e estadual de Dilma e Rui Costa, respectivamente, ambos do PT.