Mali: novos ataques contra forças da ONU
Mais dois ataques contra as forças militares da ONU foram registrados no Mali, no fim de maio e começo do mês de junho.
Região atacada em fevereiro com seis mortos
O ataque no início do mês atingiu, em maioria, soldados e agentes chineses envolvidos na ocupação e subjugação do país; foi reivindicado por jihadistas.
Já o ataque que o precedeu, no final de maio, foi realizado por homens armados não identificados. A emboscada ocorreu perto da cidade de Sevare e terminou com o saldo de cinco soldados das forças da ONU (togoneses) aniquilados e um gravemente ferido. O ataque ocorreu um dia após a comemoração do “Dia Internacional dos Soldados da Paz das Nações Unidas”. Este ataque não foi reivindicado por nenhuma organização até o fechamento desta edição.
Vendo as derrotas sofridas consecutivas e generalizadamente desde o início do ano, a ONU já anunciou que pretende alocar 2.500 novos soldados no Mali.
Já o imperialismo francês e a ONU seguem perpetuando o genocídio. Durante manifestação contra a ocupação e as ações militares francesas no país, quatro pessoas foram assassinadas e sete ficaram feridas na cidade de Kidal, no norte do Mali.
Conforme já colocamos na edição nº 170 de AND, o Mali se defronta com agressão imperialista desde 2013, com a invasão e ocupação militar de seu território, com a potência França à frente das operações. Sob a máxima de “guerra ao terrorismo” e ao “narcotráfico”, o que todas as potências e superpotências imperialistas querem realmente é preparar a nova repartilha das nações oprimidas entre eles. Para isso, invadem, destroem, chantageiam e roubam as riquezas dos países oprimidos da África, Ásia e América Latina.
O grande fracasso do imperialismo ianque no Afeganistão
Invadido pelas tropas do USA em 2001, o Afeganistão, nestes 15 anos que se sucederam, se tornou um imenso campo minado e se converteu de um paraíso a ser saqueado em um verdadeiro inferno para o USA. E essa verdade é reconhecida até mesmo dentro das fileiras genocidas do imperialismo ianque, evidente na publicação de um artigo pelo tenente-coronel aposentado Daniel Davis para a revista Time, cujo título afirma: O USA fracassou espetacularmente no Afeganistão.
É verdade que o USA fracassou naquele país. Começando pelo fato de que todos os planos do imperialismo para estabilizar o país ocupado, como usar da farsa eleitoral para criar um governo títere e disfarçar a dominação logo em 2001, ou a criação de um “governo de unidade” em 2014 que continua balançando até os dias atuais, não deram o resultado esperado.
Não obstante da resistência que já falamos tantas vezes nas páginas de AND, o velho Estado títere do imperialismo (principalmente ianque) no Afeganistão sofre também de seu apodrecimento interno, das pugnas entre frações das classes dominantes e afins. O próprio tenente-coronel ianque citado concluiu, no referido artigo, que “os níveis muito altos de corrupção atinge de maneira destrutiva a capacidade de governar”. Ademais, o país se encontra dividido, com vazios de poder imensos ocupados por verdadeiros feudos de senhores da guerra, que só se fortalecem com a agressão ianque.