Fato é que, após o intento de “golpe”, Erdogan apressou-se a prosseguir com a implantação do verdadeiro terrorismo. O Estado de exceção foi decretado e a escalada fascista avança em marcha acelerada.
Erdogan prende aos milhares
Para eliminar opositores e possíveis ameaças ao seu governo, Erdogan iniciou uma série de prisões e expurgos dos suspeitos de “infidelidade” à sua gerência. Mais de 45 mil oficiais militares, policiais, juízes, governadores, professores e demais servidores públicos foram alvos. Até agora, 34 jornalistas tiveram credenciais revogadas e mais de 40 foram presos pela mesma razão. Surfando no sentimento das massas ludibriadas, Erdogan prepara terreno visando a volta da pena de morte.
Nos últimos dias de julho, milhares de pessoas tomaram, mais uma vez, a Praça Taksim, palco de protestos multitudinários nos últimos anos, agitando a consigna “nem golpe, nem ditadura fascista”.
Toda essa situação deve acirrar ainda mais as contradições fundamentais da nossa época dada a importância estratégica da Turquia para a pugna entre os imperialistas e destes contra os povos oprimidos do Oriente Médio.