Síria: barbárie imperialista contra massas
Jailson de Souza
A guerra de rapina levada a cabo pelo imperialismo, com o principal promotor sendo os ianques (USA), segue causando destruição e desgraça para as massas e à Síria. Em Aleppo (norte da Síria), segunda maior cidade síria e com importância estratégica para definir os rumos da guerra, batalhas decisivas entre “oposição” e a gerência Bashar Al-Assad (ambos opostos à resistência nacional, marionetes das superpotências imperialistas USA e Rússia, respectivamente) estão sendo preparadas e já iniciadas.
Tal guerra imperialista, segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), já ceifou, somente nos últimos quatro meses, a vida de 1.396 civis e feriu mais de 8 mil através dos bombardeios e ataques, tanto pelas forças do exército fiel à gerência de Bashar Al-Assad como pelas forças de “oposição” marionetes dos ianques. Entre os mortos, 313 são menores de idade e 199 são mulheres.
Conforme estabelecemos em AND nº 173, o imperialismo ianque, na sua sanha por dominar todo o mundo como superpotência hegemônica única que é, impõe o caos e dissemina mais e mais distúrbios sem precedentes no Oriente Médio e norte da África para, ademais de dominar toda aquela região e intensificar o saqueio das nações oprimidas para contrarrestar a crise geral do imperialismo, como também para quebrar as últimas áreas de influência significativas da Rússia (superpotência atômica). Assim pode ser resumida a situação e todo o desenvolvimento da guerra na Síria.
O papel de outras potências imperialistas
O imperialismo russo em conluio e pugna com os ianques para manter a Síria (ou o que restar dela) sob sua área de influência, intensificou os bombardeios contra os mercenários pró-ianques em Aleppo.
Juntamente está a China, aprofundando sua atuação na guerra e tentando fazer pesar seu poderio e influência a favor da gerência Assad, o que representa também sua maior participação na disputa pelo butim em conluio e pugna com a Rússia, buscando aumentar sua influência sobre Assad.
A Rússia, no entanto, está jogando para perder menos na guerra imperialista e para isso vende constantemente sua influência nos territórios da Síria para os ianques — através das marionetes ianques, os “oposicionistas” — em troca da garantia momentânea de seguridade. Eis a razão pela qual os partidários da resistência nacional não devem confiar no imperialismo, independente de ser o ianque, chinês ou russo, mas sim apostar na organização e armamento das massas para assegurar a soberania e a integridade nacional da Síria.
Palestinos resistem à agressão sionista
O Estado sionista de Israel segue impondo a guerra contrarrevolucionária contra a nação palestina sob a forma de genocídio. Na segunda quinzena de agosto, foram perpetradas uma série de agressões sionistas contra o povo palestino pelo Estado de Israel.
A começar por 16 de agosto, quando as hienas sanguinárias do exército genocida de Israel invadiram — com comboio militar e armados até os dentes — o campo de refugiados de Fawwar (próximo a Hebron, ao sul da Cisjordânia ocupada pelos sionistas) onde moram mais de 10 mil palestinos. Lá, os soldados maltrataram os habitantes e demoliram paredes das casas. Ante a justa resistência dos moradores, que reagiram visando proteger seus poucos bens e sua própria vida, as hienas sionistas assassinaram um jovem e feriram outros 18 palestinos com tiros de munição letal calibre 22 e balas de borracha.
O campo de refugiados de Fawwar foi instalado em 1949, um ano após a criação do Estado sionista de Israel e a expulsão por este último de mais de 800 mil palestinos de suas terras e lares. Desde logo, ele é cercado por uma base militar israelense e por uma torre de controle construída logo na entrada do acampamento, visando controlar cada movimento dos palestinos, impondo uma verdadeira guerra contra o povo e as famílias.
Assassinato de jovem e protestos
Em 23 de agosto, em Nablus, o assassinato de um jovem por forças da repressão revoltaram a população. O jovem havia sido detido pela “polícia palestina” (capitulacionista, a serviço da ocupação sionista) e foi brutalmente espancado até a morte. As massas enfurecidas marcharam denunciando a barbárie e deram sua resposta atirando pedras contra a polícia assassina.
Bombardeio sionista na Faixa de Gaza
No mesmo dia 23 de agosto, o exército genocida de Israel bombardeou a Faixa de Gaza, ferindo dois palestinos e destruindo um reservatório de água.
Os ataques genocidas de Israel sustentados pela justificativa de “resposta ao terrorismo” é absolutamente fajuta — conforme denunciado em edições anteriores de AND —, onde fica claro que o real terrorismo e a guerra de agressão e dominação são impostos pelo sanguinário Estado de Israel contra o povo palestino, a que este último responde com uma heroica e inquebrantável resistência.