Enquanto no Brasil a Globo com sua campanha “Agro é Tech, Agro é Pop, Agro é tudo” investe para nos convencer das benesses do modelo semicolonial adotado pelo país, de consagrar suas terras para produzir commodities, na Argentina os monopólios dos meios de comunicação, por sua vez, se empenham no tema local de um jeito muito mais agressivo.
No país vizinho a campanha permanente conta com c. Esses profissionais alimentam um monopólio poderosíssimentenas de jornalistas que ganham para defender um modelo agropecuário para exportação baseado em transgênicos e agroquímicoso composta por suplementos em jornais, programas de rádio, tv e sítios na internet, com um conteúdo pretensamente científico e jornalístico.
Além disso, empresas do setor desenvolvem suas próprias peças “jornalísticas”- publicitárias. Parecida com a da Rede Globo foi lançada a campanha El campo hace bien (O campo faz bem) com filmetes visando melhorar sua imagem nas cidades.
Em um ato escandaloso que simboliza a perda de soberania para uma transnacional imperialista e contaminante, dias atrás, a TV Pública Argentina passou a ceder seus horários das tardes de domingo para um novo programa: Locos por el campo (Loucos pelo campo) produzido pela Monsanto, líder mundial na produção de agrotóxicos e comercialização de sementes transgênicas.
Mas, toda essa ofensiva do agronegócio – latifúndio de roupagem nova – e seu entorno tem um motivo: a difusão das inúmeras denúncias e estudos sobre os males do herbicida glifosato, transgênicos e demais mazelas do modelo de produção agrário que criaram uma opinião pública contrária.