Equipes de caça humana. Genocídios praticados por passatempo. Exibir e guardar corpos de jovens afegãos como troféus. Simular confrontos para matar famílias inteiras. Estes fatos, repugnantes para qualquer pessoa, são retratos cotidianos da ocupação militar ianque contra o Afeganistão, que este ano completa 16 anos, sustentada sob a nojenta campanha de “guerra ao terror”.
O relato foi colhido da confissão feita pelo soldado ianque, Jeremy Morlock, hoje com 28 anos, ao tribunal militar do USA. Ele admitiu participar de uma “Equipe da Morte” – como chamava a si mesmo o bando genocida – que simulava confrontos, tendo carta-branca para saciar sua sede incontrolável de sangue. “O plano era matar pessoas, senhor”, confessou o assassino a um juiz em Fort Lea, perto de Seattle, USA, em 2011, conforme denunciado em AND nº 83.
Segundo investigações e relatos, alguns soldados guardavam partes de corpos das vítimas afegãs, incluindo um crânio, como lembrança.
O soldado ianque disse aos investigadores que participou de vários assassinatos entre janeiro e maio de 2010. Em um dos relatos, ele narrou o assassinato de um jovem civil afegão de 15 anos, Gul Mudin, no qual destruíram a cena do crime com uma granada. Crianças, mulheres e até um homem com deficiência mental foram algumas das inúmeras vítimas.
Nesse episódio, o sargento ianque Calvin Gibbs cortou um dos dedos do jovem Mudin e deu ao soldado Andrew Holmes, que também atuava no bando, como um troféu por ter matado pela primeira vez um afegão. Após um período, esse “dedo troféu” foi utilizado como ficha de aposta em um jogo de cartas. Jeremy Morlock, um mês antes de ir para o Afeganistão, já havia respondido a um processo por “desvio de conduta” após queimar sua própria esposa com cigarros.