A aprovação da “reforma” trabalhista pelo Congresso de bandidos concluída em 11 de julho último no Senado e sancionada por Temer é o maior crime cometido contra os trabalhadores na história da república no Brasil.
As “reformas” antioperárias e vende-pátria são uma ordem direta do capital e do imperialismo para esfolar sem limites os trabalhadores e subjugar ainda mais a semicolônia Brasil à sua condição de país dominado. É para aprová-las a todo custo que o imperialismo e seus prepostos no país ainda sustentam o cadáver político de Temer insepulto.
Como bem denunciou a Liga Operária em artigo publicado na edição 190 de AND, essa “reforma” é resultado do mais espúrio acordo entre todas as siglas do Partido Único das classes dominantes, cúpulas das centrais sindicais e gerenciamento Temer para a completa destruição dos direitos trabalhistas.
Com discurso cínico e mentiroso de “modernização” e “crescimento”, o “governo” dá mais um golpe que significa retrocesso de quase um século em direitos conquistados ao custo de muitas lutas e sangue operário.
Todo seu desenrolar grotesco, dos discursos até a cena vergonhosa das oportunistas que ocuparam a mesa diretora do Senado “protestando” contra apenas um dos tantos absurdos da “reforma”, nada mais foi que encenação de demagogia feminista. Só revela toda a podridão do parlamento burguês e seus integrantes.
O texto da “reforma” trabalhista é cunhado pelas classes dominantes para achatar o teto à altura do piso, dando amparo legal a todos os crimes trabalhistas que já vinham sendo praticados pelos patrões, de modo que, com sua aprovação, torna-se constitucional o arrocho, a flexibilização de jornada, o negociado sobre o legislado, enfim, pôr os trabalhadores totalmente à mercê da sanha sanguessuga insaciável dos exploradores. É decretado o fim da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) com o discurso de que ela é obsoleta e ultrapassada para impor a servidão sob o manto de “modernidade”.