Servidores da administração do Recife, em greve desde 27/07, ocuparam o plenário da Câmara Municipal no dia 9 de agosto exigindo o cumprimento de suas reivindicações e contra o reajuste proposto pela gerência Geraldo Júlio/PSB.
A greve começou no fim de julho com uma manifestação em frente à sede da prefeitura, no Cais do Apolo, Centro da cidade, e conta com trabalhadores da Secretaria de Mobilidade e Controle Urbano (Semoc), Autarquia de Manutenção e Limpeza Urbana do Recife (Emlurb), Autarquia de Urbanização (URB) e auxiliares de desenvolvimento infantil (ADIs) das creches municipais.
O que ocorre no Recife é parte do desenvolvimento da crise do capitalismo burocrático no país.
Um levantamento divulgado em 10/08 pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) apontou que 86% das prefeituras do país têm situação fiscal considerada crítica ou difícil. Como resultado, os gerenciamentos municipais e estaduais descarregam sobre o povo todo tipo de pacotaços e mais brutais cortes de direitos. O povo responde com greves, ocupações e manifestações.