Em 22/08, o tenente-coronel Ricardo Augusto Nascimento de Mello Araújo, comandante das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) da Polícia Militar de São Paulo em São Paulo/SP, em entrevista ao portal de notícias UOL, afirmou que os policiais militares têm que abordar de forma diferente quem está na periferia e quem está nos Jardins, bairro nobre da capital.
“Se ele [PM] for abordar uma pessoa [na periferia] da mesma forma que ele for abordar uma pessoa aqui nos Jardins, ele vai ter dificuldade. Ele não vai ser respeitado [...] Da mesma forma, se eu coloco um [policial] da periferia para lidar, falar com a mesma forma, com a mesma linguagem que uma pessoa da periferia fala aqui no Jardins, ele pode estar sendo grosseiro com uma pessoa do Jardins que está ali, andando”, disse o comandante, que tem 700 homens sob suas ordens.
Tal declaração não contém nenhuma novidade, somente comprova o fato (apesar do discurso histérico de uma parcela reacionária da sociedade) de que o papel da polícia é reprimir o povo, servir e proteger os ricos. Isso fica bem claro no depoimento do tenente-coronel, um convicto cão de guarda das classes dominantes que faz parte de uma das polícias mais sanguinárias e com práticas mais fascistas do mundo.