O judiciário do velho Estado adiou, no dia 15/08, o julgamento dos cinco envolvidos no assassinato dos jovens camponeses Ruan Lucas Hildebrant Aguiar, de 18 anos, e Alysson Henrique de Sá Lopes, de 23, na fazenda Tucumã, em Cujubim (RO), no final de janeiro de 2016.
O julgamento, que ocorreria entre os dias 15 a 18/08 na 1ª Vara Criminal da Comarca, em Ariquemes, foi adiado para outubro pela falta de dois advogados dos réus, sendo que um abandonou o caso e o outro se ausentou por motivo de saúde.
Entre os envolvidos está o chefe dos pistoleiros responsáveis pelo assassinato dos nove camponeses no dia 19/04 em Colniza (MT), Moisés Ferreira de Souza, sargento da PM em Rondônia.
Os cinco envolvidos respondem judicialmente por uma série de crimes, incluindo dois homicídios, três tentativas de homicídios, ocultação e carbonização de cadáver.
Segundo as investigações, o latifundiário Paulo Iwakami — conhecido como “Japonês” —, pretenso proprietário das terras da fazenda Tucumã, pagou o seu amigo Sérgio Sussumu Suganuma, presidente da Associação Rural de Ji-Paraná, por R$ 105 mil, para que este contratasse um grupo de policiais para evitar a ocupação da fazenda por camponeses. Entre os policiais que tomaram parte no crime estavam Moisés Ferreira de Souza, Rivaldo de Souza e Jonas Augusto dos Santos Silva, réus nesse processo e que se encontram presos.