No dia 24 de setembro realizou-se, na Alemanha, a farsa eleitoral para conformar o novo governo imperialista. Os dois principais candidatos, Angela Merkel (União Democrata-Cristão, no poder desde 2005) e Martin Schulz (Partido Socialdemocrata), centraram seus embates em torno do proletariado imigrante e a “União Europeia”. Vencedora da farsa, Merkel caminha para seu quarto mandato reacionário.
"Boicotar as eleições!Não votar!Lutar e resistir!"
Somente em 2015, Merkel permitiu a entrada de 1,5 milhões de imigrantes de diferentes nacionalidades com o único objetivo de suprir as necessidades da economia imperialista alemã, principalmente seus monopólios. Isto pois os imigrantes aumentam a oferta de força de trabalho, jogam a média salarial para baixo e são superexplorados por serem menor remunerados.
Pressionada em seu próprio partido, Merkel vê-se em um impasse. O proletariado imigrante que ela submeteu à mais brutal exploração e opressão chauvinista, resiste com ações desesperadas e atentados nas cidadelas do imperialismo, criando oposição em seu próprio partido quanto a sua política.
Ela mesma declarou por conta disso que pretende “endurecer as regras” para os refugiados e aumentar o orçamento da repressão em 2%. Seu adversário, Schulz, declarou que também pretende dispensar igual tratamento à imigração e incrementar a repressão na Alemanha.
‘Boicotar a farsa eleitoral’
Em resposta, o proletariado e revolucionários levam adiante uma vigorosa campanha pelo boicote eleitoral, apontando a necessidade de um partido revolucionário do proletariado.
Em pronunciamento emitido no início de setembro, no site Dem Volke Dienen (“Servir ao Povo”, em português), os revolucionários denunciam e conclamam:
“Todos sabemos que desgraça está acontecendo em nossa cidade: um terço das crianças aqui crescem na pobreza, quem não é branco e não parece alemão tem que aguentar o controle policial sem nenhuma razão. [...] Aqueles que não querem que nossas condições de trabalho e de vida se agravem, não podem dar ao sistema uma aparência de legitimidade dando seu voto na ditadura da burguesia.”.
Os revolucionários alemães ainda chamam a atenção à necessidade de um partido revolucionário do proletariado. “O que necessitamos é uma organização política distinta da dos governantes. O Partido Comunista, um partido de novo tipo, que defenda os interesses da nossa classe e de todo o povo. Um partido que não tenha nada em comum com um partido eleitoreiro burguês, mas uma máquina de combate da classe operária, com o objetivo de conquistar o Poder”, concluem.