Com 18 anos recém-completados a Feira Cultural da Fotografia se espalha nos jardins do Museu da República, na cidade do Rio de Janeiro, atraindo a atenção de muitos, enquanto escutam o animado som dos artistas da música. Diretor da feira e produtor do grupo musical Chorando Baixinho, Cilano Simões se declara um lutador pela cultura popular, e segue otimista esse caminho.
Nei Lima Fotografia
Feira cultural de fotografia completa 18 anos de divulgação da fotografia artística no Rio
— Na década de 1990 um conhecido, vendo meu trabalho fotográfico, me levou para a ABAF, Associação Brasileira de Arte Fotográfica. Participando dos circuitos de seminários, com premiação, chamei atenção de ilustres veteranos, diretores, e logo fui convidado para participar da diretoria e ser curador das exposições fotográficas que montávamos – conta Cilano.
— A Feira Cultural da Fotografia foi criada em 1999 pelo fotojornalista da ARFOC, Associação Profissional dos Repórteres Fotográficos e Cinematográficos do Rio de Janeiro, Roberto Cerqueira, que infelizmente faleceu em 2000. Na época era diretor da Associação Brasileira de Fotografia e participava da feira com outros fotógrafos representando-a – continua.
— A partir daí passei a dirigi-la com dedicação, perseverança, carinho e criatividade. O objetivo da feira é cultuar a fotografia com a arte de parede, levando ao público leigo nossa fotografia artística diferenciada. As fotos são expostas em vários estilos fotográficos, como: casario, marine, abstrato, retratos, nu artístico e ecológica – relata.
As fotografias expostas são de fotógrafos presentes, convidados por Cilano.
— Tem também os avulsos, que aparecem na feira e pedem para participar. Como diretor geral fiquei um tempo sozinho, atualmente conto com os fotógrafos Hélio Araújo e Everaldo Dalverga, ambos da ARFOC, ligados a fotografia jornalística com trabalhos bem originais – fala.
— Meu lema é divulgar a fotografia como arte de parede e levar a bela arte fotográfica, um tanto quanto sofisticada, até o conhecimento do público leigo. E sinto colher bons resultados, já me rendeu belos e saborosos frutos – declara.
— A música está presente na feira com alguns grupos. Sempre fui ligado a arte em geral: poesia, pintura, fotografia, participando ativamente em exposições coletivas e individuais, e para mim essas duas formas artísticas, música e fotografia, se interligam naturalmente, porque durante certo período fotografei apresentações de grupos de teatro e bandas musicais – diz.
Cilano não esperava um dia poder juntar música e fotografia, participando de ambas manifestações artísticas.
— Me envolvi diretamente com música um tanto quanto tarde, em 2011, aos 65 anos de idade. Já aposentado, resolvi fazer algo para o meu lazer, a música, escolhendo a clarineta como instrumento em homenagem ao virtuoso clarinetista Benny Goodman – conta.
— Encontrei a Escola de Música Villa-Lobos e o professor Genivaldo Soares e foi um casamento musical perfeito. Até hoje estou na Villa com meu professor e amigo – diz.