Massas, organizações revolucionárias e partidos comunistas de diversos países emitiram pronunciamentos ou publicaram declarações como parte da celebração pelo centenário da Grande Revolução Socialista de Outubro na Rússia.
Kirill Kudryavtsev/AFP
Marcha no centro de Moscou celebrou o centenário da Revolução Socialista, 07/11
Na própria Rússia, milhares de pessoas marcharam pelas ruas de São Petersburgo e Moscou com retratos do camarada Stalin e da chefatura da Revolução Russa, o grande Lenin. O governo de Vladimir Putin foi obrigado a realizar uma parada militar e, embora tenha tentado ressignificar a data e homenagear o histórico desfile militar de 1941 realizado em Moscou (dando um caráter patriótico à celebração), não conseguiu tirar o socialismo da lembrança das massas populares russas.
O Comitê Central do Partido Comunista da Índia (Maoista) pronunciou-se destacando os feitos da Revolução Russa, o papel do camarada Lenin como grande chefe e do camarada Stalin por “construir o socialismo e lançar as bases para a transição ao comunismo”.
O Comitê Popular Camponês e a Frente de Defesa das Lutas do Povo (FDLP - Equador) também aderiram à celebração com cartazes e eventos no país. A FDLP afirmou: “A revolução proletária de 1917 constituiu-se na revolução mais grandiosa na história da humanidade graças ao fato de que à sua frente estava um partido experimentado, temperado nos combates da classe, intimamente vinculado às massas populares, exploradas e oprimidas – os operários e camponeses de todos os povos e nações da Rússia – estreito com o poderoso marxismo-leninismo, com um programa verdadeiramente científico, comentado no conhecimento das leis objetivas que regem o desenvolvimento social de luta pela ditadura do proletariado e a construção do socialismo científicos”.
O Partido Comunista Maoista da Itália pronunciou-se dando ênfase à necessidade da “revolução armada socialista” e do “partido que seja o combatente disciplinado de vanguarda”, diferente de um “partido parlamentar revisionista e oportunista”.
O Partido Comunista das Filipinas pronunciou-se recordando os avanços conquistados pelo proletariado com a Revolução e o impacto que a Revolução Russa trouxe ao mundo. “O proletariado filipino”, lembra, “usou o marxismo-leninismo-maoismo como guia para repudiar o revisionismo moderno e restabelecer o Partido, em 26 de dezembro de 1968, numa base teórica firme e liderar a revolução com base nas condições concretas da sociedade filipina”, convocando os militantes e quadros a “aprofundar e avançar seu estudo da teoria e prática do marxismo-leninismo-maoismo”.
O Comitê para a Construção do Partido Comunista Maoista da Galícia também lançou declaração recordando os feitos e aportes dados pela Revolução Russa e pelo leninismo. “Estas e outras valiosas lições foram aplicadas de forma criativa às condições de cada país”, referindo-se a outras revoluções, em especial à “Revolução de Nova Democracia na China, a Grande Revolução Cultural Proletária, a Guerra Popular no Peru e em Naxalbari, prosseguindo em Guerra Popular até o comunismo”.