Mais de nove mil civis foram massacrados durante invasão de Mosul, no Iraque, pela coalizão militar dirigida pelo imperialismo ianque, segundo investigou o monopólio da imprensa Associated Press. A operação tinha por objetivo expulsar os combatentes da Resistência Nacional, ligados ao Estado Islâmico, e se apropriar do território estratégico.
Essa investigação revelou que a guerra de agressão ianque deixou um número de vítimas civis quase dez vezes maior do que era estimado oficialmente pelos invasores. Ainda segundo o relatório, 3,2 mil civis foram mortos só contando os bombardeios e ataques aéreos promovidos pelo USA.
A “coalizão” dirigida pelos ianques tangenciou afirmando que não possui condições de enviar investigadores para Mosul, e só assume 326 mortes.
A operação de invasão a Mosul iniciou-se em outubro de 2016 e só concluiu-se no fim de junho de 2017. Mobilizando tropas especiais e um grande aparato bélico, em aproximadamente nove meses concentrados de guerra, os ianques não conseguiram destruir os combatentes da Resistência Nacional, que se dispersaram em vários territórios para aplicar a guerra de guerrilhas. Foi uma vitória de pirro.
“A ralé de poucos milhares [seis mil] de combatentes do Estado Islâmico foi capaz de manter o controle de Mosul por nove meses, contra ao menos 100 mil [soldados] das forças apoiadas pelo USA”, avaliou na época o major John Point, da Academia Militar do USA, em entrevista ao Wall Street Journal, em 20 de julho do ano passado.