Recentemente reacendeu no cenário internacional o debate sobre uma intervenção militar estrangeira, promovida por uma “coalizão regional”, na crise política e social que sacode a Venezuela.
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Exército ianque em treinamento na Amazônia brasileira, junto a Peru, Brasil e Colômbia
Em artigo intitulado Intervenção militar estrangeira na Venezuela deve ser considerada, Ricardo Hausmann, ex-ministro do governo reacionário de Carlos Andrés Perez e hoje radicado no USA, defendeu abertamente a conformação de uma força militar para invadir a Venezuela e impor a guerra de rapina contra a nação venezuelana, como “talvez única saída” para a crise política, econômica e social.
A posição do lacaio ianque nitidamente expressa um dos planos dos USA para intervir contra a Venezuela e reestruturar sua semicolônia em crise e dirigida por um social-fascista, Nicolás Maduro, que se põe cada vez mais sob a área de influência do imperialismo russo (ainda que mantendo suas relações e redes de dominação com o imperialismo ianque). Esse, no entanto, não é o único. O establishment ianque está dividido sobre a questão.
Para reestruturar sua semicolônia recolocando a fração compradora no centro do aparelho Estatal e cessar o movimento no sentido da influência russa, os ianques, hoje, não têm outra solução que não promover uma imposição militar. Os representantes políticos da fração compradora na “oposição”, no entanto, estão divididos e pugnam mesmo entre si.
O social-fascista Maduro avança sobre a velha ordem demoliberal e, com uma Assembleia Constituinte corporativa, investe contra o parlamento, dominado pelos “opositores” da fração compradora da grande burguesia, mas mantém as relações de dominação com o imperialismo e a exploração e miséria sobre as massas - caminha para um regime tipicamente corporativo, fascista.
Soluções políticas não bastam para os ianques ou seus mais legítimos representantes da fração compradora da grande burguesia, vinculados diretamente às oligarquias financeiras.