A suspensão do pagamento do décimo terceiro salário levou servidores da área de saúde e educação de Minas Gerais a declarar greve durante o mês de dezembro. Os trabalhadores também estavam sem receber o reajuste de 2017 do piso salarial e lidavam com atrasos e escalonamentos de salários desde 2016.
Manifestantes bloquearam as entradas dos prédios da Cidade Administrativa, em Belo Horizonte, para pressionar o governo do estado a cumprir os acordos, no dia 18 de dezembro.
Já no dia 27, realizou-se um ato na Praça da Liberdade que seguiu até a Praça Sete, no qual trabalhadores entoavam palavras de ordem exigindo o pagamento e o devido reajuste. Foi anunciado, porém, no dia 15, que o 13º seria pago somente aos profissionais da segurança pública, e os demais quadros do funcionalismo receberiam em quatro parcelas, pagas de janeiro até abril deste ano. A atitude inaceitável gerou indignação entre os trabalhadores.
Insistindo em depositar a conta pelos prejuízos da crise no trabalhador, a Secretaria da Fazenda informou em nota que a decisão de parcelar os salários estaria atrelada à atual crise econômica, razão que teria levado o governo estadual de Fernando Pimentel/PT a decretar estado de calamidade financeira.
A greve foi suspendida no dia 3 de janeiro, após uma assembleia em que representantes do estado se comprometeram a apresentar uma proposta de acordo, e contou com a adesão de 80% dos trabalhadores.