Cerca de 200 famílias ocuparam uma área da JBS em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, na madrugada de 24 de janeiro. As famílias exigiam que as terras ocupadas fossem destinadas à “reforma agrária”, pois aquela seria uma área pública que foi doada pela prefeitura à empresa frigorífica.
Henrique Kawaminami
Área da JBS é ocupada em Campo Grande, Mato Grosso do Sul
Os camponeses, vinculados à Frente Nacional de Luta (FNL), afirmaram que não pretendem sair das terras até que tenham um posicionamento do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) sobre a situação jurídica da área ocupada.
No Rio Grande do Sul, camponeses ocuparam duas áreas abandonadas pertencentes ao estado na manhã de 19 de janeiro, também para reivindicar a realização da “reforma agrária”. Os camponeses, vinculados ao MST, cobraram do gerenciamento estadual de José Ivo Sartori/PMDB a cessão das áreas ocupadas ao Incra para serem distribuídas às famílias camponesas da região.
Aproximadamente 200 camponeses ocuparam uma área, com mais de 200 hectares, que pertence à Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE), no município de Candiota. Já no município de Encruzilhada do Sul, cerca de 250 camponeses ocuparam uma área de 350 hectares da Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária (Fepagro)
Ainda no mesmo dia, a Vara Judicial de Encruzilhada do Sul deferiu a liminar de reintegração de posse contra a ocupação da área da Fepagro, solicitada pela Procuradoria-Geral do Estado do Rio Grande do Sul (PGE-RS). Até o fechamento da presente edição (05/02), a reintegração de posse ainda não tinha data definida para o seu cumprimento.
“Nós queremos que a terra cumpra a sua função social, que ela possa nos alimentar e alimentar a quem está na cidade.”, afirmou a camponesa Eliane Saionara de Azevedo.