O governo chileno, gerenciado por Michelle Bachelet, aumentou as passagens dos ônibus e metrôs, no dia 16 de fevereiro. A gerente não justificou de nenhuma maneira sua medida contra o povo, que respondeu organizando protestos. A partir desse dia, manifestantes passaram a protestar dentro das estações, inclusive realizando sabotagem nas catracas e incentivando a população a pulá-las.
Ferp
Estudantes e ativistas do Comitê contra o aumento abrem catraca para população, março de 2018
No dia seguinte a promulgação do decreto, ocorreu um protesto na estação de metrô de Baquedano, em Santiago, capital do país. Exibindo cartazes que acusavam o monopólio nos transportes e a gerente Bachelet de “ladrões”, os manifestantes gritavam palavras de ordem e exigiam a revogação do aumento.
Já no dia 01/03, foi realizada uma massiva ocupação da estação de metrô Elisa Correa, no centro de Santiago, convocada pelo Comitê contra o aumento.
Em nota emitida no dia 28/02, a Frente de Estudantes Revolucionária e Popular (Ferp) frisou que “se a passagem subir, junto com ela se levantará o povo, os motoristas e os passageiros”.
Os estudantes revolucionários destacam ainda na nota que os sucessivos aumentos só servem aos monopólios, que negam transporte digno à população, ofertando ônibus precários para alcançar o lucro máximo.
A Ferp convoca o povo chileno a se levantar contra mais esse assalto aos trabalhadores. “É por isso que chamamos o povo a se organizar e lutar contra esse novo aumento da passagem e pelo direito a um transporte decente”. “Vamos acabar com esse roubo disfarçado do velho Estado e conquistar os direitos do povo!”, exortam os estudantes.
Atendendo as benesses dos empresários do transporte, cerca de cinco empresas que monopolizam o serviço foram favorecidas com essa medida. Diante de um cenário de crise, o encarecimento da passagem e do custo de vida em geral só dificulta a locomoção do povo para realizar suas atividades cotidianas.