Moradores de três comunidades do município de Barcarena ocupam a frente da sede da Hydro.
Centenas de moradores de Barcarena, região metropolitana de Belém, acamparam em frente à empresa Hydro para protestar contra a contaminação da água causada pela mesma, no dia 28 de fevereiro.
Carregando faixas e cartazes, a população das comunidades atingidas pediu o fim das atividades da mineradora na região, além de manifestar repúdio pela falta de atuação do gerenciamento estadual de Simão Jatene/PSDB, que foi conivente com os danos lesa-pátria causados pela empresa.
“Temos que ter um posicionamento sobre essa situação, que está insustentável. Eles abrem essas bacias de dejetos e a gente fica sofrendo, com tudo poluido. Nossas crianças estão com coceira, não podemos cavar poços porque está tudo poluido. Não temos como viver assim”, afirmou manifestante em entrevista à imprensa local.
O caso
A mineradora monopolista norueguesa Hydro Alunorte contaminou com resíduos tóxicos a água da região, conforme expõe o laudo do Instituto Evandro Chagas (IEC) publicado no dia 22/02. Os rios e igarapés contaminados abasteciam poços artesianos de ao menos três comunidades locais, como Bom Futuro, Vila Nova e Burajuba, agora impossibilitadas de utilizá-los.
Protestos contra os crimes da multinacional Hydro são frequentes. Na foto, moradores erguem barricada e bloqueiam acesso à Barcarena em dezembro de 2017.