Servidores públicos das área de saúde e educação realizaram protestos durante os dias 27 e 28 de fevereiro. Apesar das particularidades de cada região onde as manifestações ocorreram, a pauta era a mesma: melhora das condições de trabalho.
Em Cruzeiro do Sul, Acre, agentes de combate à dengue protestaram em frente à prefeitura contra o atraso no pagamento de salários e exigiam o fornecimento de proteção individual e a criação de um plano de cargos e carreiras. De acordo com os manifestantes, os servidores prestaram concurso para exercer o cargo há 11 anos e ainda não tinham um enquadramento definido. Desde o ano passado que as queixas foram prestadas e a prefeitura não tomava um posicionamento.
Em Uberlândia, Minas Gerais, servidores da Superintendência Regional de Saúde (SRS) convocaram greve. A categoria reivindicou o reajuste nos salários e na carga semanal de trabalho. Também houve paralisação em algumas escolas estaduais devido à adesão dos trabalhadores em educação ao movimento. Os professores da região afirmam não terem recebido o reajuste de 2018 e 2017, que foi pago somente à Polícia Militar.
Já em Canaã dos Carajás, sudoeste do Pará, o Tribunal de Justiça do Estado determinou a suspensão do movimento grevista, que teve início no dia 20/02. Os servidores haviam paralisado as atividades há quase dez dias, reivindicando o reajuste salarial acumulado de 2015 à 2017.
Por fim, em Curitiba, manifestantes denunciaram o descaso com a educação pública durante cerimônia para divulgar programa escolar de Beto Richa/PSDB. Segurando faixas e cartazes, protestaram contra o fechamento de turmas, turnos e escolas. O projeto em questão pretende ampliar o uso de recursos tecnológicos nas escolas públicas do estado. Porém, de acordo com os manifestantes, o governo vem desmontando a organização escolar, reduzindo o salário de professores temporários. Além disso, os educadores também estão há dois anos sem receber o reajuste salarial de acordo com a inflação.