O Movimento Feminino Popular (MFP) fez agitação em diversos estados do país conclamando as mulheres a se organizarem na luta proletária pela sua emancipação.
MFP
MFP distribui panfletos em assembleia de professores
No Rio de Janeiro, mulheres organizadas com faixa e bonés do próprio movimento e da Liga dos Camponeses Pobres (LCP) realizaram uma calorosa panfletagem com agitação em frente ao Colégio Estadual Jornalista Tim Lopes, no Complexo do Alemão, no dia 08/03.
Na cidade de Belo Horizonte (MG), o MFP organizou uma intervenção na aula inaugural do Centro de Ciências Humanas da PUC Minas – Coração Eucarístico. Panfletos em homenagem ao dia Internacional da Mulher Trabalhadora foram distribuídos e uma banquinha com livros sobre a questão feminina publicados pelo movimento foi montada.
Em Belém (PA), integrantes do MFP da região metropolitana distribuíram panfletos durante a concentração de ato marcado pelo oportunismo, na Avenida Nazaré. Durante a atividade, as mulheres presentes fizeram questão de exaltar a verdadeira origem do dia 8 de março, rechaçando o feminismo burguês e pequeno-burguês e a propaganda imperialista de que a data pertence a todas as mulheres, e não a luta da mulher proletária.
Às combatentes e comunistas
O boletim do MFP centrou suas saudações às mulheres populares e proletárias de todos os países, particularmente às mobilizadas como guerrilheiras ou comunistas em guerras populares, como exemplos. Para tanto, logo na capa, há fotos das unidades guerrilheiras femininas, organizadas em Exércitos Populares dirigidos por Partidos Comunistas no Peru, Índia e Filipinas. “Saudamos as mulheres de nosso povo, reverenciando a memória das combatentes que na história da luta de classes no Brasil dedicaram suas vidas à revolução”, afirma o movimento, que destaca: “Sobretudo aquelas que encarnaram de forma mais profunda a ideologia do proletariado e, de armas nas mãos, lutaram pela destruição do velho Estado burocrático-latifundiário e pela Nova Democracia e pelo Socialismo no Brasil e o Comunismo em todo o mundo”.
Bruna Santos/AND
Ativista em panfletagem no Complexo do Alemão, RJ
Entre as mulheres que o MFP destaca como exemplos, estão: Louise Michel (francesa), Jenny Marx (alemã), Clara Zetkin (alemã) Rosa Luxemburgo (polonesa), Alexandra Kollontai (russa), Chiang Ching (chinesa), Tina Modotti (italiana), Olga Benário (alemã), Augusta de la Torre Carrasco e Yovanka Pardavé Trujillo (peruanas).
Com particular importância, as revolucionárias destacam a dirigente da Frente Revolucionária de Defesa dos Direitos do Povo (FRDDP) e fundadora do MFP, Sandra Lima. “Saudamos essa nossa querida companheira, que nos deixou em 27 de julho de 2016”, afirmam, elevando como exemplo a sua “luta e sua convicção de que o Brasil precisa de uma Grande Revolução!”.
Em site lançado recentemente, o MFP ressalta a importância de levantar alto seu exemplo. “A companheira Sandra é uma heroína do proletariado revolucionário, infatigável lutadora que dedicou sua vida à luta pela revolução em nosso país como parte da revolução proletária mundial”, qualificando-a como “uma comunista convicta, defensora do marxismo-leninismo-maoísmo, principalmente maoísmo”.
Recordando sua própria história, o MFP ressaltou que neste ano é celebrado o marco de 23 anos do rompimento com o movimento feminino reformista. A partir de então, afirmam as revolucionárias, “nós decidimos construir um movimento feminino popular revolucionário com a concepção proletária para o movimento de mulheres”.
“Por fim, saudamos as mulheres proletárias e as massas populares que combatem de armas nas mãos na guerra popular dirigida por partidos comunistas maoístas no Peru, Índia, Turquia, Filipinas e nas guerras de libertação na Palestina, Iraque, Afeganistão, Síria e outros países dominados pelo imperialismo.”, encerram as revolucionárias.